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Cultura
Segunda - 18 de Outubro de 2004 às 11:46

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O Museu de Arte Islâmico de Berlim, integrado no célebre museu de Pérgamo, comemora a partir de hoje, segunda-feira, seus primeiros cem anos de existência com uma exposição que mostra os tesouros orientais que estão em poder de diversos museus berlinenses.

Na entrevista coletiva de apresentação da exposição também se passou em revista a história do museu, fundado no dia 18 de outubro de 1904 por Wilhelm von Bode, contra a resistência de alguns historiadores da época que consideravam que o mundo islâmico era incapaz de produzir obras de arte de verdadeiro valor.

O Museu de Arte Islâmico de Berlim foi considerado até o início da II Guerra Mundial como o centro com a melhor coleção de arte islâmica fora dos países muçulmanos.

Durante a guerra, no entanto, o museu sofreu numerosas perdas e foi superado pelo Museu Metropolitano de Nova York.

A exposição mostra diversos exemplos de caligrafia árabe, luxuosos exemplares do Alcorão, baixelas e restos de obras arquitetônicas de diversos lugares do Islã.

Além disso, o museu aproveitou seu centenário para render uma pequena homenagem ao egípcio Mohamed Soliman, um empresário de teatro radicado em Berlim no início de século que é mostrado na exposição como um exemplo de muçulmano integrado na sociedade alemã.

Sua filha, Hamida Soliman, que ainda vive, foi cantora de ópera e no museu se podem escutar agora algumas de suas intervenções na "Komische Oper" de Berlim.

Na mesma sala que rende homenagem à família Soliman há um recorte de jornal que documenta a profanação de algumas tumbas turcas na Alemanha por parte de grupos neonazistas.





Fonte: EFE

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