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Saúde
Terça - 17 de Agosto de 2004 às 18:37
Por: Fabiana Uchinaka

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O ministro da Saúde, Humberto Costa, lançou hoje o Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Durante o evento, ele anunciou que serão liberados R$ 220 milhões por ano para esses hospitais – R$ 120 milhões destinados aos hospitais ligados ao Ministério da Educação e R$ 100 milhões aos hospitais filantrópicos estaduais, além dos recursos já destinados pelo Fundo de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino Profissional em Saúde (Fidep).

O programa estabelece com os hospitais um novo contrato de gestão, que exige o cumprimento de 17 metas e requisitos para que parte dos recursos seja liberada. Algumas das metas são a humanização do atendimento, a adesão ao SUS, a qualidade na formação profissional, a produção de pesquisa científica e o reconhecimento como referência na prestação de serviços.

Humberto Costa explicou que antes os hospitais recebiam verba por procedimento feito e agora passam a receber um orçamento global. Essa mudança significa que os hospitais deverão “definir as suas prioridades, ter a sua autonomia nessa aplicação, racionalizar os seus gastos e não ficar correndo atrás dos procedimentos mais bem remunerados, distorcendo a própria política de assistência”.

Segundo o ministro, a nova lógica busca definir melhor o papel dos hospitais quanto a seu perfil assistencial, sua importância no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e seu reconhecimento como instituição de referência para os sistemas secundários e terciários de atendimento. “Não faz sentido instituições de excelência, que têm capacidade de prestar serviços de alta complexidade, estarem desenvolvendo ações de atenção básica. Essas são atribuições do nível municipal e devem ser cobertas por ações da prefeitura”, disse.

“Estamos investindo R$ 220 milhões por ano, e eu creio que isso seja um reforço significativo para uma área que sempre viveu em crise. Se não resolver todos os problemas, com certeza vai dar um grande alívio e permitir que esses hospitais trabalhem dentro de uma nova lógica”, afirmou Costa.




Fonte: Agência Brasil

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