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Educação/Vestibular
Quarta - 11 de Agosto de 2004 às 14:06

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O Dia do Estudante foi marcado, em Brasília, por uma manifestação de cerca de dois mil secundaristas e universitários de várias partes do País. Em Brasília, a manifestação Organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) foi realizada depois de uma passeata que seguiu da Catedral Metropolitana até o Palácio do Itamaraty. No local, os estudantes entregaram ao ministro da Educação, Tarso Genro, a proposta de reforma universitária e do ensino básico.

De acordo com o presidente da UNE, Gustavo Petta, até o dia 30 de agosto o governo tem que encaminhar ao Congresso Nacional a lei orçamentária anual. "Os estudantes vão pressionar tanto o ministro da Fazenda quanto o ministro da Educação a dar uma sinalização clara do orçamento do ano que vem, de mais investimentos para a educação pública em nosso país", disse Petta.

Entre os principais pontos da proposta, ele destacou, além da questão do financiamento, a reserva de vagas para estudantes oriundos de escolas públicas por curso e por turno. Destacou também a ampliação e o fortalecimento da universidade pública, através da sua expansão, principalmente, nos cursos noturnos, e o processo de regulamentação do ensino privado por meio de uma nova lei de mensalidades que impeça os aumentos abusivos no fim do ano, como vem ocorrendo.

Com relação ao programa Universidade para Todos, a UNE, segundo Petta, questiona a idéia das universidades lucrativas terem isenção de impostos. "Na nossa visão, as universidades que não têm fins lucrativos já têm isenção de impostos e devem destinar bolsas aos estudantes carentes". As universidades lucrativas, na opinião do presidente da UNE, "deveriam ficar como estão e o governo priorizar a universidade pública, sua ampliação e maior condição de atendimento à demanda do acesso cada vez maior do ensino superior brasileiro".

O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcelo Gavião, aproveitou o encontro com o ministro para entregar o documento "Nova Escola". O projeto propõe o debate sobre "uma reforma que precisa ser feita hoje na educação básica".

Para Gavião, ?não dá para debater reforma universitária no Brasil hoje sem discutir melhores condições na educação básica. O presidente da Ubes destacou que o documento tem 12 pontos. Os principais são o financiamento da educação básica, a questão da formação dos professores, a gestão democrática, com eleições diretas para diretor de escolas, democratização dos colegiados escolares gestores das verbas, educação profissional e o acesso e permanência dos estudantes nas universidades. "A Ubes defende que 50% das vagas nas universidades sejam reservadas para estudantes egressos de escolas públicas", afirmou.




Fonte: Agência Brasil

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