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Politica Brasil
Terça - 18 de Maio de 2004 às 09:14
Por: Valdemir Roberto

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O terceiro nome a candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições deste ano está definido: é o deputado estadual Sérgio Ricardo. Antes, na disputa estavam certos apenas Wilson Santos, do PSDB, e Alexandre César, do PT. Irritado com tudo o que vem acontecendo, o prefeito Roberto França, presidente do Diretório Regional do PPS, decidiu romper o silêncio e abandonou a posição de partidariamente correto: “O candidato do PPS é Sérgio Ricardo com letras maiúsculas e garrafais” – frisou o prefeito.

Mais que isso: Roberto França garantiu que Sérgio Ricardo é candidato a prefeito com ou sem o apoio de outros partidos. “Quem quiser nos apoiar que venha. Quem não quiser, que lance candidato e vá para as urnas” – assinalou o prefeito, se mostrando particularmente irritado com o posicionamento da direção do PFL e, mais detidamente, com o pré-candidato a prefeito pela sigla, o empresário Jorge Pires de Miranda.

“O comportamento do PFL é anti-ético” – disse o prefeito. O presidente do Diretório Regional pefelista, senador Jonas Pinheiro, admitiu que existe veto ao nome de Sérgio Ricardo e por isso o partido não firmaria aliança com o PPS. “Não aceito e não vou engulir que outras pessoas venham interferir no PPS” – acrescentou o prefeito, que seguiu no ataque: “Não há como trocar candidato que está com tracinho, que nem o seu cunhado o apóia”, ainda se referindo ao pré-candidato do PFL.

França demonstrou que está disposto a entrar mesmo na briga. Num discurso quase irado, o prefeito de Cuiabá sustentou que o será PPS e do jeito que vier “são três palitos”. França ainda acusou Jorge Pires de estar a serviço de um grupo. “Vou desmascarar um grupo de bandidos infiltrados na política de Cuiabá” – disse o prefeito, dando o assunto sucessão no PPS por encerrado.

A posição do prefeito de Cuiabá e a decisão colocada contrapõe, em verdade, todas as articulações que vinham sendo feitas pelo governador Blairo Maggi. O governador tem como certo que sozinho o PPS não chegará a lugar nenhum. A maior preocupação de Maggi era agregar tempo na propaganda de rádio e televisão para o candidato do PPS, cuja sigla deverá ter, sozinha, pouco mais de dois minutos. Ele teme que a candidatura socista seja “sugada” pelo ralo por não ter como apresentar suas propostas.




Fonte: Secom - MT

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