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Agronegócios
Sábado - 01 de Maio de 2004 às 13:01
Por: Jonas da Silva

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O deputado Zeca D´Ávila (PFL) lembrou hoje o mês de maio como uma cruzada forte a ser feita pelo pecuaristas de Mato Grosso para a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa. A partir de sábado (1º), quando começa nova campanha de imunização, a meta é vacinar cerca de 9 milhões de bezerros e novilhos de zero a 24 meses, uma exigência para assegurar a crescente qualidade do rebanho de 24,7 milhões de cabeças do Estado, o maior do Brasil.

Ao tornar pública a preocupação de pecuaristas, dos governos e de instituições do setor sobre o controle permanente, Zeca salientou a preocupação com um projeto amplo para livrar de vez o continente sul-americano da doença, o que é base para negócios no exterior e qualidade dos produtos consumidos internamente.

Em novembro, todo o rebanho mato-grossense passará por vacinação, na terceira etapa do processo. A dose inicial, aos animais até um ano de idade foi aplicada em fevereiro.

“O animal menor tem mais resistência e sensibilidade para a febre aftosa e a nossa perspectiva é vacinar acima de 95% do rebanho bovino de zero a 24 meses, entre oito a nove milhões de cabeças”, relatou.

“A Bolívia ainda é um problema, enquanto o governo não oficializar a vacinação”, aponta. O deputado afirma que a parceria de doação de vacinas de pecuaristas de Mato Grosso à Bolívia precisa ser ampliada, para fazer o isolamento definitivo do rebanho.

Recentemente, o Governo Federal, afirma o parlamentar, doou 1 milhão de doses de vacinas para aplicar aos bovinos da região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, nos Estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“Mas isso não é suficiente. A Bolívia precisa fazer vacinação constante. O Problema nosso é a América do Sul, onde precisamos eliminar o foco da febre aftosa, que não respeita fronteira, vem pelo ar e pelos animais silvestres”, pontuou Zeca.

“Nossa preocupação é com o Pará, Norte e Nordeste do Brasil”, completou.

Desde 1996, o Circuito Pecuária Centro-Oeste registra o status de área de livre da aftosa com vacinação. Mas Estados como Mato Grosso do Sul, em Porto Murtinho, e Rio Grande do Sul, em Jóia, registraram focos da doença nos últimos três anos. Assim como países como a Bolívia, Paraguai, Argentina e a Venezuela.

No mês passado, o parlamentar, na condição de presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), foi à Santa Cruz de la Sierra participar de encontro de sobre erradicação da aftosa na América do Sul.

Segundo dado repassado ontem (28) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), durante a Agrishow Ribeirão Preto (SP), o segmento registrou 41 milhões de doses de vacinas vendidas em abril para a segunda fase da campanha contra a febre aftosa em todo o Brasil.

O valor é bem superior às 16 milhões de doses calculadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para o mês.




Fonte: Assessoria/AL

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