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Economia
Quarta - 28 de Abril de 2004 às 17:53
Por: Felipe Frisch

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Na véspera da divulgação dos dados do PIB americano do primeiro trimestre revisado, o dólar registrou sua maior cotação desde 20 de fevereiro, uma semana após a explosão do caso Waldomiro, chegando a R$ 2,95, numa alta de 1,09%, que não se via desde 12 de janeiro.

O mercado estima um crescimento em torno de 5% na divulgação de amanhã. Diante da perspectiva de alta dos juros dos EUA, os títulos dos países emergentes sofreram pesada desvalorização nesta quarta-feira. O C-Bond, título brasileiro mais negociado, aciu para 90,562% de seu valor de face. O risco-país registrava alta de 7,02%, para 670 pontos às 17h05.

O risco-país da Turquia subia 4,68%, para 380 pontos, e o da Rússia, outro líder de perdas, teve alta de 7,19%, para 298 pontos, segundo o banco JP Morgan.

"O dólar estava para subir há um tempo, mas vinha sendo segurado pelo fluxo positivo e de exportações, mas hoje começou a haver uma desova dos fundos por papéis de emergentes", disse Carlos Gandolfo, sócio da corretora Pioneer, para quem os fundos estariam preferindo os títulos americanos, os treasuries.

Ele estima um volume forte para o preão de hoje, na faixa de US$ 1,7 milhão, contra a média de US$ 1,1 milhão, por conta de investidores "trocando de posições".

Segundo Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, o mercado também refletiu o aumento da tensão no Iraque e o atentado de Damasco, capital da Síria, ontem. Gandolfo, da Pioneer, cita ainda o temor de que a China lance medidas para frear o crescimento, o que prejudicaria as empresas exportadoras brasileiras, que vendem commodities e vêm sendo beneficiadas no mercado internacional.




Fonte: Folha Online

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