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Nacional
Quinta - 22 de Abril de 2004 às 12:47

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UBERLÂNDIA (MG) - Os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, reúnem-se na próxima semana, em Itaici (SP), para definir a data da visita aos morros da Rocinha e do Vidigal, no Rio de Janeiro. Eles discutirão também as primeiras ações da campanha que vão deflagrar, a partir da visita, contra a violência e pela pacificação na sociedade brasileira. A reunião deve ocorrer na próxima terça-feira, dia 27.

O presidente nacional da OAB afirmou hoje que a idéia é transmitir às comunidades expostas à violência que setores organizados da sociedade civil estão dispostos a ajudá-las, na cobrança de ações concretas por parte dos poderes públicos. Em entrevista hoje, ele advertiu que os governos federal e estaduais têm que abrir imediatamente os olhos para o problema social e fazer um trabalho de base.

"Caso contrário vamos viver um clima de guerra civil, pois não há atualmente qualquer perspectiva de educação, de saúde e de emprego para essas comunidades".

A campanha da CNBB e da OAB não deve se restringir aos morros cariocas, estendendo-se a outras áreas de conflitos. Busato disse também que a OAB e CNBB, juntamente com as comunidades, vão exigir ações do governo para reverter esse quadro. A idéia é levar a Brasília lideranças das comunidades, agendando reuniões com autoridades federais e, possivelmente, com o presidente da República. Às autoridades serão relatadas as necessidades e as providências que podem ser adotadas para erradicar a violência e a miséria nessas áreas.

"Vamos propor medidas e cobrar a efetivação de planos e ações de base", informou.

Segundo Busato, o primeiro passo é ir aos morros e mostrar que setores organizados da sociedade estão dispostos a dar as mãos no sentido de exigir do poder público um basta a essa situação.

"Será um ato quase simbólico da sociedade, indo até o morro para demonstrar àquelas comunidades que há setores organizados na sociedade civil e não apenas a organização do crime. Se o Estado não consegue demonstrar, dar esse sentimento de organização e solidariedade àquelas comunidades, vamos mostrar que há setores dispostos a fazê-lo".




Fonte: JB Online

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