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Polícia Brasil
Quarta - 07 de Abril de 2004 às 17:07

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Arrependido e com vontade de cometer suicídio. Assim Marcelo Bezerra da Silva, 20, se pronunciou ontem à noite na cadeia em Alta Floresta. Ele confessou que matou, com duas facadas a amásia, Giovani Almeida dos Santos, 41. O crime foi no sábado (3) mas o corpo só foi encontrado na tarde de segunda-feira, quando a empregada da casa e amigas encontraram o quarto trancado e, pela fresta da janela do banheiro, viram o corpo no chão.

Marcelo foi preso em Nova Mutum, cerca de 570 km do local do crime. Num trabalho conjunto com as Polícias Militar e Federal, Marcelo foi preso no início da noite de segunda-feira quando fugia para Cuiabá, com a moto Twister de propriedade de Giovani.

Recambiado para Alta Floresta, o acusado-confesso chegou por volta de 19h30 de terça-feira e foi levado ao local do crime onde contou detalhes do assassinato à polícia. À imprensa, Marcelo Bezerra disse que os dois estavam se preparando para ir comemorar o aniversário de Marcelo, que completava 20 anos no dia do crime. Mal tinham acabado de acordar, os dois começaram a discutir, coisa que havia se tornado comum nos últimos dias do relacionamento que durava cinco meses. Segundo ele, "a gota d'água" foi a informação de que estaria sendo traído por Giovani. "Não aguentava mais, sair na rua com a mulher que estava me traindo", reclamou.

Conforme detalhou à polícia, os dois golpes foram certeiros; um acertou o torax e o outro o pescoço. O sangue começou a jorrar com mais intensidade e Marcelo ainda tentou estancá-lo. Sem sucesso, arrastou o corpo até o banheiro e trancou a porta do quarto.

Depois de cometer o assassinato, Marcelo disse que pegou um cheque de Giovani, de R$ 1 mil reais, e mais R$ 300 em dinheiro, além do cartão de crédito, telefone celular e a moto e fugiu. Antes de sair da cidade Marcelo ainda passou na chácara onde seria realizada sua festa de aniversário. Depois, sem rumo passou por diversas cidades, passando por Sinop onde vendeu o celular, depois foi para Mirassol do Oeste, Cáceres e retornou para Nova Mutum, onde foi detido. "Olha o meu presente de aniversário", lamentou.

O delegado Gianmarco Paccola Capoani, responsável pelo inquérito, disse que a moto foi fundamental para que Marcelo fosse preso. Conforme informou, o rapaz deverá ser indiciado por latrocínio, visto que após matar a mulher, furtou pertences da vítima. "Essa situação jurídica vai ser apreciada pelo Ministério Público e Poder Judiciário", disse, acrescentando que a pena do crime de latrocínio. "É a mais alta prevista pela justiça. A mínima é 20 anos, a máxima 30. Com alguma consequência de agravante que possa ter, ele vai ficar tranquilamente 22, 23 anos preso em regime fechado", disse o delegado.




Fonte: Só Noticias/Diário News

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