Os criminosos que assaltaram uma agência bancária em Marcelândia, a 712 quilômetros de Cuiabá, e que estão escondidos em uma região de mata fechada desde a última terça-feira (9) podem ser os mesmos que invadiram a base da Polícia Militar no distrito de Jacy-Paraná, em Rondônia e mataram um sargento.
De acordo com o delegado Sérgio Araújo, além da metralhadora encontrada na mata pela polícia e que foi identificada como pertencente ao quartel do estado vizinho, a forma de atuação da quadrilha é semelhante. “Acreditamos que seja o mesmo grupo. As armas utilizadas por eles na ação criminosa em Rondônia são muito parecidas. O perfil e a fisionomia dos integrantes da quadrilha também são muito parecidos”, disse o delegado ao G1.
Na ocasião, a quadrilha, composta por 10 integrantes, invadiu a base da Polícia Militar em Jacy-Paraná fortemente armada já atirando. Um dos disparos acertou o sargento, que morreu a caminho do hospital. Outros policiais foram feitos reféns e seguiram com os criminosos até uma agência bancária, onde vários caixas eletrônicos foram destruídos. A Polícia Militar de Rondônia, com apoio dos homens da Força Nacional de Segurança, chegou a montar barreiras na região para impedir a fuga dos bandidos, mas nenhum deles foi preso.
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Por conta do fato, as investigações sobre a atuação da quadrilha em Mato Grosso vão contar com informações repassadas pelo setor de Inteligência da Polícia Civil de Rondônia. Em Marcelândia, o cerco aos criminosos se mantém em uma região de mata a 70 quilômetros da cidade. Mais de 40 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estão na mata à procura dos suspeitos.
Policiais Militares chegaram a trocar tiros com os criminosos na última quinta-feira (11). Ao G1, o coordenador da operação, coronel Adriano Denardi, informou que a troca de tiros foi intensa, porém, nenhum dos suspeitos foi preso durante a ação. Denardi ainda disse que os suspeitos estão armados com fuzis e pistolas de "grosso calibre".
A polícia acredita que poderá vencê-los pelo cansaço. Um deles, inclusive, está ferido no braço devido a um tiro que levou de um policial militar à paisana durante a fuga, e pode atrapalhar o desempenho da quadrilha na mata que tenta fugir do cerco policial.
A polícia informou ainda ao G1 que o cerco à quadrilha vai continuar até a prisão de todos os envolvidos no assalto. Na fuga, eles também queimaram um ônibus escolar que transportava 40 crianças na MT-130 para impedir o avanço da polícia e, na mata fechada, atearam fogo em uma caminhonete também usada na fuga que seria do Amazonas. Eles ainda tentaram explodir uma ponte, mas não obtiveram êxito e acabaram deixando uma banana de dinamite no local, conforme informou a polícia.
O assalto
Os assaltantes invadiram a agência bancária que está localizada na região central da cidade, fizeram cinco reféns, sendo um funcionário do banco, o gerente da unidade e três clientes. Todos eles formaram um pequeno escudo humano em frente à agência na modalidade criminosa do "Novo Cangaço". As vítimas foram libertadas depois de cerca quatro horas em uma estrada na zona rural do município.
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