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Agronegócios
Domingo - 30 de Março de 2014 às 11:55
Por: Vinícius Tavares

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Mais de 44 tolenadas de defensivos químicos que foram importados para combater a lagarta helicoverpa continuam indisponíveis aos produtores rurais por causa da burocracia. O benzoato de amamectina, adquirido às pressas após ter sua aprovação por parte da Anvisa, ainda esbarra em uma Lei de 1934 que impede o uso de produtos genéricos.

A denúncia foi feita pelo presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busato, durante audiência pública nesta quinta-feira (27.3) na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, em Brasília.

“Após pressão que fizemos no Ministério da Agricultura, alguns produtos foram aprovados pela Anvisa que eram registrados para outras culturas. Importamos 44 toneladas de benzoato, que está preso por causa de uma legislação de 1934”, relatou o dirigente classista ao lembrar que prejuízos somente no oeste da Bahia a lagarta chegaram a R$ 2 bilhões em 2013.

Ele lembrou que o Ibama já havia autorizado o uso de benzoato em 2005 e 2006 e fez um apelo para que o governo seja sensível ao problema que atinge pequenos, médios e grandes produtores. 

“Na época tinha produtos menos tóxicos, mas que não funcionam, e o Ibama já tinha dado ok para o uso. Há cinco meses, Dilma autorizou a importação e utilização do produto. O nosso produto continua apreendidos. Se não tomarmos medidas mais enérgicas, poderemos ser derrotados pela praga”, frisou o produtor.”, ressaltou.

Os prejuízos causados pela ação da lagarta helicoverpa, principalmente nas lavouras de soja e algodão, foram tema de debate que reuniu representantes de entidades do setor produtivo rural, Embrapa, Ibama, Anvisa e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), que apresentaram um panorama dos estragos causados pela praga.

Representante da região na Câmara, o deputado federal Oziel Olvieira (PDT-BA) defendeu um esforço concentrado entre governos, poder legislativo e entidades para combater a lagarta.

“Isso é muito preocupante para uma região que é extremamente agrícola e que precisa do esforço de vocês para acabar com essa quebra de braço de quem paga mais, manda mais. Porque quem paga a conta no final somos nós produtores rurais. Temos problemas sociais agravados pela falta de receita decorrentes da lagarta helicoverpa", afirmou o deputado que é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária.





Fonte: Agro Olhar

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