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Cidades/Geral
Quinta - 03 de Abril de 2014 às 15:58
Por: LUCAS RODRIGUES

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Anderson Candiotto (detalhe) seria alvo de cabo PM e acusados de tráfico, segundo a Polícia Civil
Anderson Candiotto (detalhe) seria alvo de cabo PM e acusados de tráfico, segundo a Polícia Civil

A Polícia Civil de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) investiga uma suposta tentativa de homicídio e de coação, em 2012, contra o juiz Anderson Candiotto e seus familiares.

O magistrado hoje atua na Comarca de Diamantino (205 km a Médio-Norte da Capital).

As investigações indicam que a tentativa criminosa pode ter sido planejada por um cabo da Polícia Militar e por traficantes internacionais da “Família Pagliuca”, ambos julgados e condenados pelo magistrado.

Segundo o inquérito policial, duas pessoas não identificadas teriam rondado a casa dos pais do magistrado e perguntado aos vizinhos e comerciantes da região se as propriedades pertenciam à família Candiotto, bem como se o juiz Anderson morava no local.

Após questionarem os moradores, os suspeitos teriam continuado a rondar a casa dos pais do magistrado, durante uma semana.

Anderson Candiotto, em depoimento, apontou uma lista dos suspeitos e observou que o fato de buscarem sua localização indica, "com certeza, que os suspeitos tinham a intenção de matá-lo, e não apenas lhe amedrontar”.

Em interceptação telefônica, a Polícia Civil descobriu que o cabo da Polícia Militar, condenado por Candiotto pelo crime de latrocínio, tinha ligação com os Pagliuca.

Os diálogos supostamente demonstram a existência da prática de crimes graves, que podem estar relacionados com as buscas dos suspeitos pela localização do juiz, segundo a Polícia. 

O inquérito tramita na 1ª Vara Criminal da Comarca de Sinop e está sob a responsabilidade da juíza Rosângela Zacarkim dos Santos.

Os Pagliuca

Sete pessoas da família Pagiluca foram condenadas por tráfico internacional de drogas em Mato Grosso. 

Os acusados são Adalberto Pagliuca Neto, Adalberto Pagliuca Filho, Regina Célia Pagliuca, Regis Aristide Pagliuca, Elaine Cristina Pagliuca Silva, Joelson Alves da Silva e Lori Gasparini. 

Eles foram presos pela Polícia Federal, em novembro de 2011, durante a Operação Mahya. 

As investigações iniciaram-se em janeiro daquele ano, com foco inicial em Porto Esperidião (a 200 km de Cáceres), onde mora o principal investigado, e em Minas Gerais, onde ele teria seu principal contato. 

Ao longo de 10 meses, 18 pessoas foram presas e 230,5 quilos de pasta-base de cocaína apreendidos, além de R$ 40 mil em dinheiro e diversos veículos.

Na operação, foram decretados 48 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão. 

Os mandados foram cumpridos em Goiás, Tocantins, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e Piauí.

Polêmica

O Caso Pagliuca ganhou se transformou em polêmica no começo de 2013, quando os acusados de tráfico foram beneficiados com uma liminar. 

Em janeiro daquele ano, o então desembargador Manoel Ornéllas de Almeida, que estava no Plantão Judiciário, mandou soltar sete pessoas acusadas de tráfico interestadual de drogas.





Fonte: DO MIDIAJUR

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