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Copa 2014
Terça - 17 de Junho de 2014 às 22:49

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Fernando Mellis/R7
Rafael (foto) levou tiros de borracha durante a confusão na zona leste de São Paulo
Rafael (foto) levou tiros de borracha durante a confusão na zona leste de São Paulo

Mostrado em diversos veículos de imprensa ao ser detido no ato anti-Copa do último dia 12 em São Paulo, o professor Rafael Lusvarghi, de 29 anos, disse em entrevista ao R7 que perdeu os dois empregos que tinha após a repercussão das imagens. Apesar disso, ele não se arrepende e garante que estará nos próximos protestos.

Lusvarghi, que mora em Indaiatuba, interior de SP, não quer citar o nome dos ex-patrões, apenas disse que trabalhava em casa para uma empresa de tecnologia da informação e dava aulas em uma escola de inglês. As duas demissões aconteceram no mesmo dia, segundo ele.

No caso da empresa de tecnologia da informação, o jovem contou que os superiores viram as imagens dele no protesto e admitiu ter esquecido que estava de plantão naquele dia.

— Umas 22h, recebi uma mensagem no celular dizendo que abandonei o serviço, fazendo com que eles tivessem que procurar outra pessoa para me substituir e que eu estava demitido por esses motivos. É bem válido.

A queixa dele é em relação ao que aconteceu na escola de inglês. Lusvarghi afirmou que estava de folga e que até chegou a falar para os colegas de trabalho que iria participar do ato, no Tatuapé, zona leste da capital.

— Quando terminou a manifestação, eu passei nela [na escola] para saber qual seria meu horário de sexta-feira. Aí o pessoal já sabia, minha chefe mostrou as fotos que estavam circulando na internet. Falaram que vários pais de alunos ligaram lá para saber como que a escola tem um professor desse tipo, manifestante, etc.

O boletim de ocorrência de natureza não criminal, registrado no 52º Distrito Policial (Parque São Jorge), afirma que ele foi detido porque “encontrava-se à frente de uma multidão de populares, gritando palavras de ordem contra a operação [da PM]”. No meio da confusão, o professor levou tiros de bala de borracha no peito. Após ser atendido em um pronto-socorro e ouvido pelo delegado, o manifestante acabou liberado.

O jovem, que já está procurando outro emprego, diz que não se abalou com o acontecido, mas revela ter ficado indignado com a reação dos pais dos alunos. Sobre as próximas manifestações, ele é claro: “a atitude vai ser a mesma, não muda nada”.





Fonte: Do R7

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