BAIXARIA NA UNIVERSIDADE
Estudante espanca professor por ser chamado de padre e pede R$ 41 mil

Uma troca de ofensas e violência física entre um professor e um estudante do curso de Agronomia do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) virou um processo judicial com pedido de indenização por dano moral no valor de R$ 41,5 mil. Conforme narrado no processo, F.M cursava o 3º semestre da Faculdade de Agronomia, quando foi alvo de deboche e ofensas em uma aula prática de Mecânica de Motores. 

Em uma das atividades, o professor E.L.B, na sede da empresa Cuiabá Diesel declarou perante toda a turma que o universitário F.M seria padre. A declaração dada em tom arrogante e com ar de chacota rendeu comentários maliciosos da turma como freqüentes perguntas se F.M já havia beijado alguma mulher.

O estudante ainda foi alvo de comentários de que não poderia ser incomodado, pois começaria a chorar. Ao se sentir humilhado com as freqüentes piadas, ainda recebeu uma carta do professor pedindo desculpas pelo ocorrido, aumentando ainda mais sua revolta.

Abalado emocionalmente, o estudante ficou tão transtornado que se desequilibrou emocionalmente e disparou um soco em seu professor. Depois do episódio, o estudante procurou o coordenador do curso de Agronomia relatando os fatos e solicitando providências.

O coordenador do curso da faculdade solicitou que o estudante permanecesse uma semana em casa, sem comparecer as aulas, para que “esfriasse a cabeça”. Porém, após permanecer em casa por uma semana, voltou a frequentar as aulas da Faculdade de Agronomia em que era devidamente matriculado.

Porém, para sua inesperada surpresa, foi informado que iria levar uma semana de suspensão, devido ao fato de ter agredido o professor. Diante de tais circunstâncias e por se sentir lesado moralmente, recorreu ao Judiciário pedindo indenização por dano moral. O processo se arrasta desde 2008 e não houve sequer audiência de conciliação.