Ex-vice-prefeita presa por suspeita de grilagem de terra rebate acusações e diz que prisão foi injusta
A ex-vice-prefeita de Itaúba, Rosana Massaro Rebussi, cedeu entrevista ao Nortão Notícias, falando da sua prisão e das acusações de invasão de terras e formação de quadrilha. Na época, a prisão foi noticiada em primeira mão pelo site, (leia aqui)
Segundo Rosana, as denúncias feitas pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Zilma Porfiro e por mais três pessoas ligadas ao órgão, são infundadas. Primeiramente negou que tivesse invadido a terra, alegando ter comprado de pessoas antigas. “Comprei posse de pessoas que estavam na terra há muito tempo, desde 2001. Comprei a posse de benfeitoria. Eu nunca fiz corrupção isso não é de minha índole”, se defendeu.
Fundamentou-se dizendo que não teria motivos para invadir terras no local. “Porque eu iria fazer grilagem ou pistolagem se eu tenho dinheiro para
Quanto à acusação de formação de quadrilha, a ex-vice-gestora alegou que os rapazes presos, pertenciam ao grupo sem terra e teriam sido contratados para prestar serviços na área dela. “Agente contou com ajuda de pessoas da terra. Eles prestaram serviços. Pra que eu iria à cidade buscar trabalhadores se podia contratar o pessoal do sem terra apenas pra cuidar?”, questionou Rebussi.
As denúncias teriam iniciados após um desentendimento entre a acusada e a acusadora. “Um dia eu estava na minha terra, quando a Zilma encostou com um carro e veio conversar comigo. Após alguns questionamentos ela me pediu dinheiro para realizar o projeto do sindicato. Eu como conhecia alguma coisa no sentido, disse que não precisaria dar dinheiro, pois, tinha a verba do Fetagri [Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso]”, para essas ações, relatou.
Após isso, Zilma teria ameaçado buscar pessoas para apossar da terra da ex-vice-prefeita. “Já tinham me falado pra tomar cuidado com ela [Zilma], porque ela já tinha brigado com todo mundo do assentamento”.
Por morar em Itaúba, Rebussi afirmou que fica dias sem comparecer à terra de União do Sul. E em uma das vezes que esteve visitando, encontrou a casa incendiada e com os imóveis todos destruída pelas chamas. Segundo ela, a primeira suspeita seria de Zilma e das pessoas ligadas a ela e então pediu investigação.
Além disso, disse ter sofrido tentativa de extorsão. “Ela veio me extorquir e denunciei ao Fetagri. E então ela correu na polícia. Talvez seja por isso que ela fez as denúncias”, supôs.
Prisão
Rebussi contou que foi presa no dia 18 de maio deste ano e ficou retida até o início deste mês na Cadeia Pública Feminina de Sinop. Na unidade ela solicitou que ficasse na ala da igreja, pois é evangélica e disse que “fui bem tratada”.
Apesar disso, ela não concorda com a prisão. “Eu acredito piamente que foi feito injustiça, não tinha motivo. Eu nunca vi uma coisa tão aberrante na vida”, declarou.
Da Redação Nortão Notícias
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