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Saúde
Quinta - 06 de Setembro de 2012 às 19:50

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Nos últimos 10 dias diversas cidades, principalmente do Centro-Oeste, Tocantins, interior do Nordeste, e do Sudeste têm sido atingidas por uma massa de ar seco que tradicionalmente afeta grande parte do Brasil nessa época do ano. Para o feriadão de 7 de setembro a previsão é de que o clima continue seco, com sol e calor em quase todo o País.

De acordo com a meteorologista Aline Tocho, no inverno a circulação atmosférica favorece a baixa umidade do ar. "Esse extremo ocorre porque a massa de ar seco busca esse ar pouco úmido nos níveis mais altos da atmosfera. Nessas altitudes ele já é mais seco e a descendência desse ar inibe a formação de nuvens", explica.

Segundo Aline, as massas circulam de acordo com o movimento do planeta e são direcionadas conforme as mudanças atmosféricas. "No Nordeste do País, por exemplo, tem uma massa de ar seco que atua o ano inteiro. Já na Região Sudeste, ela está mais direcionada para o oceano", explicou. "As condições atmosféricas dessa época do ano favorecem a secura do ar pois propiciam a circulação de ventos que podem levar as massas a atingirem algumas regiões mais do que outras", completou.

O município de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, registrou o menor índice de umidade relativa do ar do País neste ano, com 8%. No sudeste, São José do Rio Preto apresentou a porcentagem mais baixa do Estado de São Paulo, com 14% em 2012. Nesta quinta-feira o município baiano, e as cidades do noroeste paulista de Jales e Votuporanga, como previsto, entraram em estado de alerta por conta dos 12% e 14% registrados, respectivamente.

A meteorologista argumenta que os baixos números relativos à umidade do ar são difíceis de prever. "Normalmente esse índice oscila muitas vezes durante o dia, então é complicado de saber exatamente", esclarece. Ainda segundo Aline, com a chegada de setembro os índices de chuva começam a aumentar e amenizar a situação nos locais mais críticos. "Mas é apenas em outubro que as precipitações retornam com maior regularidade", finalizou.


Os problemas da baixa umidade
A onda de baixa umidade que cobre boa parte do País aumentou casos de problemas de saúde como o ressecamento dos olhos, boca, nariz e doenças respiratórias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo seco requer cuidados especiais.

 

Crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar e, por isso, é necessário atenção especial a esses dois grupos de pessoas. A população deve ingerir bastante água, além de sucos naturais feitos de maneira adequada e água de coco.

Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos. Dormir em local arejado e umedecido ajuda a minimizar os efeitos do tempo seco. Os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatórios com água e até umidificadores. Também é recomendável o uso de soro fisiológico para manter a lubrificação dos olhos.

A população deve ainda evitar banhos com água muito quente, que provocam o ressecamento da pele, e usar sempre que possível um creme hidratante. Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, é recomendado o uso de soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.

Confira a seguir as recomendações específicas para cada nível de risco:

Estado de Atenção (umidade entre 20% e 30%)
- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
- Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.;
- Sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol, como áreas com vegetação;
- Consumir água à vontade.

Estado de Alerta (umidade entre 12% e 20%)
- Observar as recomendações do estado de atenção;
- Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados;
- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Estado de Emergência (umidade abaixo de 12%)
- Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
- Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.;
- Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas ou cinemas, entre 10h e 16h.;
- Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças e hospitais.





Fonte: Terra

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