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Ciência/Pesquisa
Segunda - 30 de Novembro de 2015 às 09:37

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Oconceito de matéria escura se consolidou no final dos anos 90, quando cientistas descobriram que a expansão do universo está acelerando. Ainda sabemos pouco sobre ela, pois essa substância misteriosa, provavelmente feita de partículas subatômicas, só interage gravitacionalmente e não emite nem reflete luz alguma. Estimativas indicam que 27% do universo é composto por essa matéria – o resto é formado por energia escura (68%) e matéria normal (5%). Pra se ter uma ideia da complexidade desse conceito, no próprio site da Nasa eles afirmam: “Nós sabemos muito mais sobre o que a matéria escura não é do que sobre o que ela é”.


A gravidade é o que une a matéria escura com a matéria normal e é essa junção que possibilita a formação das galáxias. A energia escura então forma fluxos de granulação fina de partículas que orbitam galáxias como a Via Láctea, o que fez com que cientistas da Nasa se perguntassem o que aconteceria se esses fluxos de granulação fina chegassem muito perto da Terra. Eles já têm essa resposta.

Simulações de computador demonstraram que quando esse fluxo passa pelo nosso planeta, as partículas do fluxo se concentram em um filamento extremamente denso e alongado, por isso a analogia com cabelos. Seriam tantos fios cercando a Terra, que é como se nós estivéssemos ficando cabeludos e deixando uma imensa barba cósmica de matéria negra crescer.

A Terra só se transformaria nesse hippie espacial porque, para a matéria negra, trespassar a massa da Terra não é nenhum desafio. Os filamentos entrariam por um lado e sairiam pelo outro, algo inconcebível para a matéria convencional.

Se essas simulações estiverem corretas, essa pode ser a chave para que os cientistas consigamdetectar diretamente a presença de matéria escura, algo que nunca aconteceu. Esses fios de cabelo têm começo e fim, como se fosse a ponta do fio e sua raiz - é na raiz que a concentração de partículas cresce um bilhão de vezes após ter passado pelo núcleo da Terra. A raiz fica a um milhão de quilômetros da Terra, enquanto a ponta alcança o dobro dessa distância.

Segundo os astrônomos, esses filamentos que passam pela Terra refletem as diferenças de densidade presentes no interior do planeta: cada “fio de cabelo” apresentaria irregularidades que corresponderiam às diferentes camadas que compõem a estrutura de um planeta, fazendo com que, uma vez que nós aprendêssemos a lidar com esse fenômeno consideravelmente insondável, nós pudéssemos colher importantes informações sobre a formação de outros planetas.





Fonte: Discovery News

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