Peterlini vai buscar comando do MPE apoiada por Taques e "contra" Prado
A eleição para a Procuradoria-Geral do Ministério Público (MP), que ocorrerá na primeira quinzena de dezembro, já movimenta os corredores da instituição. Apesar das inscrições ocorrem apenas em setembro, nomes como do secretário-geral do MP, promotor Mauro Curvo, do promotor da Infância José Antonio Borges e da promotora Ana Luiza Peterlini, colocaram-se à disposição para a disputa.
Peterlini, que já ocupou a secretaria estadual de Meio Ambiente, seria a candidata vista com bons olhos pelo Palácio Paiaguás. Durante o tempo que ocupou a pasta, a promotora era a pessoa de confiança do governador Pedro Taques (PSDB). É avaliada como perfil coletivo que foge da rotina de promotor de atuação de fiscalização, mas também faz trabalho de conscientização.
A ex-secretária, contudo, não seria a candidata do procurado Paulo Prado. Dessa forma, para contrapor a candidatura de Peterlini, a situação trabalha com os nomes de Mauro Curvo e José Antonio Borges. Entretanto, ambos devem entrar num consenso e lançar apenas uma chapa.
O procurador-geral afirma que não tem nada definido acerca do sucessor. Acredita que será difícil alguém querer assumir a instituição em razão do Projeto de Lei 257/16, que fará mudanças na parte financeira do órgão. “Ninguém vai ser louco de querer assumir caso a MP 257 seja aprovada”, dispara ao .
MP faz repúdio a "golpe” que elimina Gaeco e enfrentamento à corrupção
Assessoria
Promotor Mauro Curvo é cotado para ser o candidato de Paulo Prado
Caso a proposta seja aprovada na Câmara Federal, na próxima segunda (1º de agosto), segundo Prado, poderia representar o fim do Gaeco e vai desmantelar completamente as instituições que atuam no combate à corrupção no país, a exemplo do Ministério Público Brasileiro.
Na última eleição, em dezembro de 2014, Paulo Prado venceu com facilidade, obtendo 174 votos, contra 68 do promotor Vinicius Gahyva e 66 do procurador Edmilson da Costa Pereira.
Para este ano, Edmilson afirma que não deverá disputar e tende a apoiar Ana Peterlini. “Eu pretendo ser procurador-geral, mas no momento estou refletindo e a tendência é de não disputar. Não quero passar que sou político profissional que quero ocupar o cargo a qualquer custo”, explica ao .
Eleição
Estão aptos a votar na eleição do MP 32 procuradores e 215 promotores. Aqueles que atuam no interior poderão votar por meio de cédulas e enviá-las pelos Correios antes de 10 de dezembro. A Lei Orgânica do MP diz que a lista tríplice deve ser enviada ao Executivo no primeiro dia útil do ano seguinte.
O procurador-geral de Justiça está no seu quarto mandato à frente da instituição. Nos últimos anos, Prado chefiou o MP entre 2005 e 2009. Depois, reassumiu o posto no biênio 2013-2014. Entre 2011 e 2012, foi corregedor-geral na gestão de Marcelo Ferra. E agora finaliza seu mandato de 2015 a 2016.
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