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Cultura
Terça - 20 de Novembro de 2018 às 10:22
Por: Rose Domingues Reis/Da Assessoria

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Os alunos do 8º ano da Escola Livre Porto Cuiabá vão apresentar entre os dias 22 e 25 de novembro, às 20h15, no Espaço Cultural Liu Arruda do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Cuiabá, a peça ‘Natal na Praça’. A proposta é resgatar a simbologia da fraternidade entre os povos, fazendo reflexões acerca de preconceitos e intolerância que ocorrem no cotidiano e que impedem essa comunhão.

Adaptada da obra clássica do escritor francês Henri Ghéon, que estreou em Paris em 1935, a peça traz exemplos da nobreza humana em contraste com os conflitos sociais e culturais que atravessam os tempos e persistem, gerando violências e guerras desnecessárias. O grande desafio consiste em fazer um grupo de atores ciganos encenarem, na praça de uma aldeia, os episódios relativos ao período do Advento e do Nascimento de Jesus.

Conforme o diretor e coreógrafo teatral Escola Livre Porto, Luciano Oliveira, este é um momento importante para que os jovens desenvolvam a capacidade crítica enquanto atores sociais e políticos, saindo da esfera maniqueísta de bem versus mal. “Somos, acima de tudo, humanos, com defeitos e qualidades, mas dotados de livre arbítrio para escolher o melhor caminho para todos. Não importa nossa nacionalidade, credo, cor da pele, gênero ou classe social, o amor deve prevalecer”.

Para os estudantes Rafael Augusto, 14 anos, e Maria Eduarda, 13, interpretar personagens tão distintos entre si proporcionou um rico aprendizado. “Eu me vejo enquanto criança da vila com medo dos ciganos, por serem tão diferentes, mas também dou vida a uma anciã cigana defendendo sua cultura e seu povo que é tão perseguido através dos tempos”, diz Eduarda. “Somos todos ciganos, mas quando lembraremos que antes somos todos humanos?”, acrescenta Rafael.

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, sentir suas dores, limitações, suas angústias e necessidades. “Quando estou como delegado luto em defesa da família, da tradição, da ordem, não deixa de ser uma boa luta, mas é cheia de contradições e preconceitos. Por outro lado, estar no papel de rabino é totalmente diferente, porque ele é um religioso que mais acolhe do que julga, ele busca ver o outro lado e promover a paz”.

O que acontece se um jovem cigano se apaixona por uma donzela da vila? A literatura é recheada de histórias trágicas sobre os opostos que se atraem, mas a proposta dessa peça é justamente fazer pensar: será que precisa ser sempre desse jeito? “O enredo mostra a importância do protagonismo juvenil para superar os problemas ocasionados pela rigidez de pensamento. Ao invés de muros, vamos construir pontes em nossos corações?”, questiona Maria Clara, de 14.

Realizado desde 1995, o teatro é incluso no currículo escolar no 8º e no 12º ano da escola, trazendo obras importantes da literatura universal e nacional. Por se tratar de um período em que o jovem está no terceiro setênio (fase dos 14 aos 21 anos), inúmeras mudanças físicas e psicológicas abruptas acontecem. Uma delas é a busca por um ideal, a partir do teatro é possível obter exemplos e conceitos sobre justiça, verdade, honra, sonhos e liberdade. Algumas peças já encenadas: Este Ovo é Um Galo - Lauro César Muniz (2018); Estado de Sítio - Albert Camus (2017); A revolução dos beatos, de Dias Gomes (2016); A pena e a lei, de Ariano Suassuna, e O Truão Panfalão, de Nikolai Leskov (2015); e A invasão, de Dias Gomes, A comédia dos erros, de Shakespeare (2014), etc.

Serviço

As vagas são limitas, ligue e reserve seu ingresso na Escola Livre Porto Cuiabá: (65) 3028-6625. O ingresso tem preço promocional de R$ 20. Curta a página e acompanhe as divulgações da escola: www.facebook.com/EscolaLivrePortoCuiaba.





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