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Judiciário e Ministério Público
Quinta - 16 de Maio de 2019 às 08:39
Por: Bárbara Sá/RD News

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Em abordagem, PRF flagra R$ 4 mi em espécie escondidos no carro e isso levanta suspeita
Em abordagem, PRF flagra R$ 4 mi em espécie escondidos no carro e isso levanta suspeita

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para investigar supostas agressões praticadas por policiais rodoviários federais de Mato Grosso em abordagem ao dono de relojoaria de São Paulo, Robson Barradas, 43 anos, no dia 8 de abril no km 635 da BR-070, em Poconé (a 104 km de Cuiabá). O empresário estava viajando com mais de R$ 4 milhões em espécie, escondidos no carro, e isso levantou suspeita. Na abordagem, afirmou que o dinheiro era lícito e, mesmo assim, denuncia que houve excessos.

A procuradora Ludmila Bortoleto, ao informar à Justiça sobre a abertura do inquérito, explica que levou em conta o depoimento prestado pelo empresário, relatando as supostas lesões.

Em entrevista exclusiva concedida ao site RD News, o empresário afirmou, ao lado do advogado dele, Robson Ferreira de Carvalho, que o dinheiro é licito e documentos comprovando a origem dos valores estão anexados ao processo. Alegou que é uma escolha dele guardar o dinheiro desta forma por segurança, por já ter sido vítima duas vezes de tentativa de sequestro em banco.

“O dinheiro é fruto do meu trabalho e de duas cédulas de empréstimos de banco, de imóveis que coloquei para vender e ainda não consegui. Coloquei no prego. Já juntei todos os documentos do que estava na minha conta para comprovar que o dinheiro é meu e limpo”, detalhou.

Rodinei Crescêncio

empresário 4 milhões

Dono de relojoaria de São Paulo, Robson Barradas, em entrevista exclusiva ao Rdnews, alega que prefere esconder dinheiro alto, porque já foi sequestrado

Após ser ouvido, o dono de relojoaria foi liberado pela Polícia Federal.

Tenho hematomas e fizemos exames de corpo delito

Empresário Robson Barradas

No carro, ele estava com amigos, identificados apenas pelas iniciais Z.M.O.A, 55, e A.G.L, 40. Na abordagem, todos foram algemados e um dos amigos foi classificado pelos policiais como o “líder” do grupo.

“Com as mãos para trás, o policial Rodoviário Jacinto, com muita truculência ficou me questionando ainda onde estavam às armas, que não queria ter trabalho de ficar cortando o carro e que, se eu não falasse, ia fazer isso. E eu disse que podia fazer, cortar e abrir tudo que não tinha nada. Nisso ele me deu dois tapas na cara, mesmo eu falando que não tinha nada e que não tinha passagem, ele me bateu. Tenho hematomas e fizemos exames de corpo delito”, denunciou.

Eles passaram a noite na cela na PRF, das 22h até às 5h, quando foram levados para a sede da Policia Federal em Cuiabá, onde afirmam que as agressões cessaram.

Por meio de nota na época a PRF informou que a instituição não tinha sido oficialmente notificada sobre os fatos relatados na publicação nem pela suposta vítima e nem por qualquer autoridade policial.

A PRF ainda ressaltou que dispõe da Corregedoria Regional para onde devem ser encaminhadas toda e qualquer denúncia relativa a condutas dos agentes.

Importante frisar também que a Polícia Rodoviária Federal, cuja missão é garantir segurança com cidadania, não tolera qualquer desvio de conduta por parte dos seus policiais. Não obstante, a Corregedoria Regional, ainda que não tenha sido demandada formalmente, irá averiguar o caso”, diz trecho da nota.





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