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Judiciário e Ministério Público
Sábado - 22 de Agosto de 2020 às 11:35
Por: Wellington Sabino/Folha Max

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Um recurso interposto junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Valter Albano, volta à pauta de julgamento da próxima terça-feira (25). A relatora do caso que tramita na 2ª Turma do Supremo é a ministra Carmen Lúcia.

Caso os ministros acolham o pedido de Albano autorizando seu retorno ao TCE, pode gerar um efeito cascata e beneficiar outros quatro conselheiros que também estão afastados das funções desde 14 de setembro de 2017, por determinação do ministro Luiz Fux, do STF.

Eles foram alvos da Operação Malegolge, a 12ª fase da Operação Ararath, deflagrada para investigar denúncias contidas na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa. Dentre o objeto das investigações, estava também o desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro por meio de factorings clandestinas.

Pesa contra os conselheiros Antonio Joaquim, José Carlos Novelli, Waldir Teis, Sérgio Ricardo de Almeida e Valter Albano, a acusação, feita pelo próprio Silval, de terem recebido R$ 53 milhões em propina paga por ele na condição de governador para aprovação de suas contas de gestão contendo irregularidades.

E também, segundo o ex-governador, para que os conselheiros não "atrapalhassem" a execução de obras lançadas para a Copa do Mundo de 2014 e do MT Integrado, programa de infraestrutura que consistia no asfaltamento de rodovias estaduais e usado para fraudes e desvio de dinheiro público.

O afastamento dos conselheiros, com garantia dos salários que são pagos normalmente, completa três anos no próximo mês e, até o momento, nenhum deles foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) em decorrência de supostos crimes investigados na Operação Malebolge relacionados à delação do ex-governador.

Enquanto isso, as defesas dos conselheiros já ingressaram com diversos recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que eles sejam autorizados a voltar à ativa na Corte Estadual de Contas. Sem sucesso, recursos também foram protocolados no Supremo.

Em fevereiro de 2020, o STJ manteve o afastamento dos cinco conselheiros seguindo o voto do relator, o ministro Raul Araújo. Ele observou que Valter Albano foi apontado como sócio de um motel avaliado em R$ 4,5 milhões. Araújo também citou movimentações financeiras e funcionais, no âmbito de TCE-MT, envolvendo familiares do conselheiro afastado.

Na última quarta-feira (20), a Corte Especial do STJ prorrogou, em decisão unânime, o afastamento dos cinco conselheiros por mais 180 dias. Novamente, os julgadores acolheram o voto do relator Raul Araújo.

Por sua vez, Valter Albano alega que não há indícios das acusações impostas aos membros da Corte de Contas, acusados de receberem uma propina de R$ 53 milhões, pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido), para aprovação de contas de sua gestão.





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