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Judiciário e Ministério Público
Domingo - 06 de Setembro de 2020 às 10:31
Por: Mikhail Favalessa/RD News

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juiz da 51ª Zona Eleitoral, Jorge Alexandre Martins Ferreira, autorizou a Polícia Federal a ampliar as investigações de aliciamento na campanha de 2018 em relação à senadora cassada Selma Arruda (Pode) e seu ex-1º suplente, Gilberto Possamai (PSL). Na quinta (3), os autos do inquérito policial foram enviados à PF para continuidade das investigações.

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Selma Arruda teve o mandato de senadora cassado pela Justiça Eleitoral no ano passado

Eles são investigados nesse inquérito desde novembro de 2019. O mandato de ambos e também da 2ª suplente, Clerie Fabiana Mendes, havia sido cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) em abril do ano passado e a decisão foi confirmada em dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em abril de 2020, depois de processo interno no Senado, Carlos Fávaro assumiu a cadeira interinamente até a realização de eleição suplementar, marcada para 15 de novembro.

O mandato de Selma foi cassado por caixa 2 e abuso de poder econômico. Diversos recursos recebidos e utilizados durante a pré-campanha e a campanha de 2018 foram ocultados e no entendimento da Justiça Eleitoral desequilibraram o pleito.

A investigação foi pedida inicialmente pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), e o TRE-MT autorizou e encaminhou à 1ª instância. No final de agosto, a PF pediu para ampliar o objeto do inquérito e o Ministério Público Eleitoral deu parecer favorável na segunda (31).

Parte do dinheiro teve origem em um suposto “mútuo”, um empréstimo de R$ 1,5 milhão feito por Possamai à ex-senadora. Durante o trâmite do processo no TRE-MT, a PRE avaliou que Selma não teria lastro financeiro suficiente para quitar a dívida e que o imóvel supostamente oferecido como garantia valeria bem menos que o valor do total do empréstimo.

Além desse dinheiro, Possamai e a esposa, Adriana Krasnievicz Possamai, fizeram diversas outras doações à campanha que, somando o empréstimo, totalizaram R$ 3,1 milhões.





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