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Internacional
Segunda - 14 de Dezembro de 2020 às 18:52
Por: G1

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Joe Biden, presidente eleito dos EUA, acena a fotógrafos após deixar uma clínica médica em Filadélfia, na Pensilvânia, no sábado (12) — Foto: Susan Walsh/AP Photo
Joe Biden, presidente eleito dos EUA, acena a fotógrafos após deixar uma clínica médica em Filadélfia, na Pensilvânia, no sábado (12) — Foto: Susan Walsh/AP Photo

O Colégio Eleitoral confirmou nesta segunda-feira (14) a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A etapa é mais uma das formalidades entre a votação de novembro e a posse do democrata como novo presidente, prevista para 20 de janeiro.

Nesta etapa, os 538 eleitores dos 50 estados e do Distrito de Columbia designados a votarem conforme os resultados das eleições certificados em cada unidade federativa depositaram publicamente seus votos. As cédulas serão enviadas até 23 de dezembro para a capital Washington, onde serão formalmente recebidas e contadas em uma solenidade em janeiro no Congresso americano.

Esses eleitores do Colégio Eleitoral são nomeados a partir da certificação dos resultados eleitorais em cada estado, etapa que oficializou os números da apuração. Todas as unidades federativas protocolaram os dados até a semana passada.

Assim, com os 55 votos da Califórnia no início desta noite, Biden ultrapassou oficialmente os 270 votos mínimos no Colégio Eleitoral para se eleger presidente. Até as 19h29 (de Brasília), nenhum delegado votou diferente do que havia sido designado — ou seja, não houve "eleitores infiéis".

Com isso, o democrata se aproxima de confirmar 306 delegados no Colégio Eleitoral, contra 232 do republicano Donald Trump, atual presidente e derrotado na tentativa de se reeleger.

Formalmente eleito no Colégio Eleitoral, Biden deve discursar nesta noite. Segundo trechos divulgados por agências americanas de notícias, o democrata dirá que "nem mesmo abuso de poder" poderá interromper uma transição pacífica no poder.

Trump se recusa a reconhecer derrota

Donald Trump, presidente dos EUA, participa de encontro sobre vacinas na Casa Branca em 8 de dezembro — Foto: Tom Brenner/Reuters

Donald Trump, presidente dos EUA, participa de encontro sobre vacinas na Casa Branca em 8 de dezembro — Foto: Tom Brenner/Reuters

Trump vem tentando reverter o resultado das urnas nos tribunais, alegando fraude ou problemas nos sistemas de contagem de votos. Porém, nenhuma irregularidade capaz de mudar a vitória de Biden foi verificada, e na sexta-feira a Suprema Corte negou um pedido das autoridades trumpistas do Texas para anular o resultado eleitoral em quatro estados-chave.

Por causa desse ambiente de tensão inflamado por apoiadores de Trump, em alguns estados os eleitores do Colégio Eleitoral se reuniram sob forte regime de segurança. Havia o temor de que protestos ou mesmo atos violentos pudessem colocar em risco a integridade dos participantes.

Mesmo assim, um número crescente de políticos do Partido Republicano, o mesmo do presidente, vem reconhecendo a vitória de Biden nas eleições.

Nesta segunda-feira, foi a vez do senador John Cornyn, aliado de Trump. O parlamentar disse considerar o democrata "um presidente eleito passível de qualquer questionamento judicial", mas admitiu que "espera uma virada de página em janeiro, com uma transição pacífica".

"Tem horas em que você precisa admitir que, apesar de seus esforços, você não obteve sucesso", disse Cornyn.




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