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Cidades/Geral
Terça - 19 de Janeiro de 2021 às 11:12

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A vereadora Edna Sampaio (PT) comemorou o fato de o agora ex-presidente do Indea, Marcos Catão Dornelas Vilaça, ter pedido exoneração do cargo na última segunda-feira (18). Segundo ela, a movimentação de mulheres que se manifestaram desde o final de semana ‘já foi positiva’ para resolver a questão.

“Nós temos muitas denúncias de assédio sexual dentro do serviço público, e geralmente as vítimas ficam constrangidas porque sempre é uma pessoa com hierarquia superior, e as pessoas ficam com medo de perder o emprego, né, de serem punidas”, afirmou. “Eu acho que à medida que esses problemas aparecem, a sociedade toma conhecimento e o agressor, ele próprio, sabe que não dá para continuar na mesma posição, isso significa que a nossa movimentação já foi positiva no sentido de resolver a questão. Precisamos agora ter uma medida mais efetiva para constranger qualquer atitude dessa natureza dentro do Estado”.

Catão foi denunciado por uma ex-servidora em novembro, mas o caso veio à tona na última semana. Depois disso, o governador Mauro Mendes afirmou que não o afastaria da presidência baseado apenas em uma denúncia. Foi então que o movimento “Até Quando?”organizou uma manifestação silenciosa em frente ao Palácio Paiaguás.

Na tarde da última segunda-feira (18), uma reunião foi realizada entre as manifestantes e o secretário chefe da Casa Civil Mauro Carvalho. Segundo Edna, a reunião foi boa. A intenção era pedir o afastamento de Catão mas, antes do encontro, ele mesmo pediu exoneração do cargo da presidência. No entanto, continua como servidor efetivo do órgão. Agora, o caso será encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o servidor responderá a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Para a vereadora, a resposta do governador e do secretário Cesar Miranda, que optaram por não exonerar o servidor, é reflexo da sociedade patriarcal. “Essa reação, de uma sociedade patriarcal que está acostumada a ver as mulheres como objeto de prazer dos homens à disposição em qualquer espaço, infelizmente é muito comum, mas não é natural. E, na medida em que as mulheres começam a denunciar isso e as outras mulheres passam também a apoiar essa denúncia e dar apoio e a reforçar a denúncia, essa situação e essa minimização da violência contra a mulher vai acabar e é isso que a gente espera que aconteça”, afirmou.

De forma geral, a conclusão é boa. “Eu acho que as mulheres estão adquirindo uma percepção da realidade de violência contra nós mesmas como parte do cotidiano nosso. Independente de eu pessoalmente ter sido agredida, ofendida, violentada. A violência contra uma mulher, contra uma igual, é uma violência que me fere também. Então essa consciência de irmandade, de sororidade, ela tá acontecendo entre as mulheres e isso é muito importante”, finalizou.





Fonte: Olhar Direto

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