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Policia MT
Terça - 04 de Maio de 2021 às 03:20
Por: Allan Pereira/RD News

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Pelo segundo ano seguido, Pedra 90 continua sendo o bairro que concentra mais casos de violência doméstica contra mulheres em Cuiabá, segundo o Relatório Estatístico e Análise dos Atendimentos na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM). Foram 75 casos denunciados pelas vítimas na unidade no ano passado. O número é menor que 2019 e a titular da unidade, a delegada Jozirlethe Magalhães Criveletto, pontua que pode ter havido subnotificação por conta da pandemia de coronavírus.

Em 2019, foram 102 ocorrências registradas na Delegacia da Mulher por mulheres que moram no Pedra 90. Já o percentual de 2020 representa 3,6% de todos os boletins registrados no ano, que somam 2.040 casos. O bairro é o segundo maior da Capital em número de habitantes, segundo dados do IBGE do censo de 2010.

Na lista dos mais violentos contra as mulheres aparecem também o Santa Izabel e o Boa Esperança que são "novidades" na lista e ocupam a sétima e décima posição com 31 e 27 ocorrências registradas no ano passado respectivamente. Os demais já são apareciam no ranking do ano passado: Dom Aquino (45), Doutor Fábio (38), Tijucal (38), CPA 4 (37), Jardim Imperial (34), CPA 3 (29) e Centro Sul (28) - veja quadro.

Rodinei Crescêncio

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O anuário destaca que os dez bairros acima concentram cerca de 18% das ocorrências registradas na Delegacia da Mulher em 2020. Contudo, como há no mínimo uma ocorrência em cada bairro da Capital, a violência se encontra pulverizada por toda a cidade.

Reprodução

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Perfil

O perfil da mulher vítima de violência doméstica continua sendo: solteira, dona de casa, com ensino médio completo, que tem entre 30 e 45 anos e já terminaram o relacionamento e não vivem mais com seus agressores.

A grande maioria dos autores de violência doméstica são homens, que concentram 91% dos casos. Os 9% restantes são as próprias mulheres. As vítimas apontam as características dos agressores na delegacia no momento de registrar a ocorrência.

O anuário mostra também que a relação de violência não é somente praticada com parceiros amorosos (namorados ou maridos), mas também por filhos (1,8%), colegas e patrões (1,5%) e até mesmo sobrinhos (0,7%) e pais (0,8%).

Conforme os dados, 37% das vítimas atendidas declararam que eram solteiras quando buscaram atendimento na delegacia. Jorlizethe explica que muitas das mulheres rompem o ciclo de violência, terminam o relacionamento e passam a se declarar nesse estado civil. “É muito difícil a mulher se declarar como ex-convivente (casal que mora junto)”, diz.v





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