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Quarta - 26 de Maio de 2021 às 19:08
Por: Mikhail Favalessa/RD News

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Em uma reunião com o Ministério Público Estadual (MPE) na terça (25), a diretoria executiva do Cosems, que representa secretários municipais de Saúde, pediu que seja feita uma orientação aos municípios que pode barrar a inclusão de novos grupos entre as prioridades para a vacina da Covid-19.

Reprodução

Marco Antonio Norberto Felipe, secret�rio de Guarant� do Norte e presidente do Cosems

Marco Antonio Norberto é presidente do conselho de secretários municipais de saúde

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, e a superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso, Maria de Fátima Dutra, também fizeram coro ao pedido externado pelo presidente do Cosems, Marco Antonio Norberto Felipe, ao promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes.

O pedido acontece depois que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), passou a incluir novos grupos na vacinação como garis, motoristas do transporte público, jornalistas, assistentes sociais, e outros. O presidente do Cosems apontou que a falta de Coronavac ocorrida duas vezes na última semana é culpa do que chamou de “bagunça” na vacinação.

“Fizemos uma reunião de condução com o doutor Alexandre Guedes e tratamos justamente dessas inserções de grupos não prioritários. Não é só Cuiabá. Tem municípios que começaram a vacinação de trabalhadores da educação também. Não temos doses para isso agora. A preocupação nossa e do Conass a nível nacional é que se você está avançando nos grupos prioritários, alguém está ficando sem vacinar”, relata Marco Antonio ao .

O raciocínio é que quando alguns municípios avançam em novos grupos de vacinação, acabam deixando de aplicar a segunda dose em pessoas que já estavam em grupos anteriores. Além disso, cria-se a demanda nessas cidades que avançaram de receber mais doses para a segunda aplicação desses novos grupos.

Tentamos alinhar ontem, pedimos uma orientação, porque teve vários municípios... Cuiabá vacinou motoristas, garis, assistente social. Todos têm que ser vacinados, sem dúvida nenhuma. Mas nós nem terminamos de vacinar as forças de segurança por falta de dose, por exemplo. Nem terminou um e já começa outro, é complicado

Marco Antonio

“Você vacina a primeira dose e acaba a segunda. É esse o caso dos municípios em que acabou a Coronavac. Os municípios que fizeram isso avançaram nos grupos sem o cuidado da segunda dose. E não estamos falando de grupos específicos, todo mundo tem que ser vacinado, mas é qualquer grupo que não esteja no plano nacional. A preocupação é a falta de vacinas”, argumenta.

O secretário de Guarantã do Norte cita que em Rondonópolis há pessoas que tomaram a Coronavac há mais de 30 dias e deveriam ter recebido a segunda etapa da vacinação, mas não há doses nem previsão de chegada de lote para cobertura vacinal.

“Tentamos alinhar ontem, pedimos uma orientação, porque teve vários municípios... Cuiabá vacinou motoristas, garis, assistente social. Todos têm que ser vacinados, sem dúvida nenhuma. Mas nós nem terminamos de vacinar as forças de segurança por falta de dose, por exemplo. Nem terminou um e já começa outro, é complicado. Digamos que receba 20 mil doses para os 141 municípios. Como Cuiabá avançou, Rondonópolis avançou, praticamente essas doses têm que ficar com eles, e os outros ficam sem receber. Você acaba bagunçando a campanha de vacinação”, critica.

O presidente do Cosems conta que cerca de 10 cidades em todo Estado estariam “fugindo da linha” proposta pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização (PNI). Marco Antonio cita como exemplo Jaciara, que estaria vacinando profissionais da educação com idade entre 18 e 29 anos.

“De onde tem essa vacina? Eu não sei, alguém está ficando sem receber a segunda dose, ou a secretaria está imaginando que a segunda dose virá tal dia, mas não temos garantia disso”, afirma.

Questionado se haveria falta de planejamento de remessas por parte do Ministério da Saúde, o secretário de Guarantã evita crítica.

“Todas as pautas que recebemos já recebemos o quantitativo por grupo, primeira e segunda dose. Muitos municípios estão falando que a culpa é do Ministério da Saúde, mas o ministério nos orientou que a remessa 8ª e 9ª seriam todas de primeira dose. Como Mato Grosso já tinha distribuído a 8ª, foi liberando apenas a 9ª e vários municípios utilizaram de outras remessas para incluir esses grupos”.





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