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Sexta - 18 de Junho de 2021 às 06:35
Por: Airton Marques/Olhar Direto

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Nos 52 dias do coma induzido após contrair Covid-19, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirma ter vivido experiências marcantes, com sonhos ou alucinações. Entre as lembranças de outra vida, a imagem do demônio que o tentava fazer desistir da luta pela vida. O parlamentar participou da live do Olhar Direto nesta quinta-feira (17) e contou sobre sua experiência nos dias em que lutou contra as complicações da Covid-19.


“Uma experiência que sempre me perguntava: quem está em coma vive em um mundo como se fosse uma página em branco ou será que vive algo? Queria saber pelos outros, não por mim. Não é uma página em branco. Vivemos em um mundo a parte, numa luta entre a vida e a morte, o bem contra o mal”, declarou.



“Tenho várias lembranças ruins, mas marcantes. Lembro-me de ver um conjunto de médicos que avaliavam meu caso; eu sentado e eles dizendo que não sobreviveria. Diziam que a culpa era minha, pois não lutava e era uma pessoa muito ansiosa. Teve outro momento em que apareceu o demônio tentando me fazer desistir, acompanhado de um grupo. Havia também uma lembrança em que eu estava no hospital e tinha um rapaz com óculos. Ele me torturava o tempo todo; eu estava bem, andando, mas ele me torturava”, completou.



Teve outro momento em que apareceu o demônio tentando me fazer desistir, acompanhado de um grupo

Barranco foi internado na UTI em 15 de fevereiro e transferido para o Incor, em São Paulo, no dia 21 do mesmo mês. Quando acordou, em 24 de março, relata ter se assustado e demorado a entender tudo o que estava acontecendo.



“Quando voltei, era umas 3 horas da manhã. Vi muitas luzes e conversas. Eu não entendia, achava que estava no ônibus. Muita confusão. Às 7h, quando a enfermeira assumiu o plantão e veio ao meu leito, ela me disse que era 24 de março e que eu havia acabado de acordar; se apresentou e falou que estava no Incor, em São Paulo”, contou.



Ainda de acordo com o petista, ele só falou com a esposa dois dias após despertar, por meio de videochamada.



Sobre a experiência do período conturbado, Barranco diz ter reforçado a ideia de que ninguém é mais do que os outros. Diz ainda que foi muito bom saber que muitos torceram por ele, durante o período em que esteve no hospital.





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