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Meio Ambiente
Quinta - 01 de Julho de 2021 às 21:20
Por: Por Rafael Medeiros, TV Centro América

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Nível do Rio Cuiabá está baixo e só será capaz de abastecer a população devido à ajuda de usina — Foto: Luiz Alves
Nível do Rio Cuiabá está baixo e só será capaz de abastecer a população devido à ajuda de usina — Foto: Luiz Alves

O nível dos rios de Mato Grosso não tem sido suficiente para abastecer a população de alguns municípios mato-grossenses no período de estiagem e alguns já adotaram medidas preventivas para que não falte água, principalmente na época de seca mais severa.

Com o nível baixo, o Rio Cuiabá, considerado a maior fonte de abastecimento de água da Baixada Cuiabana, já recebe reforço da usina de Manso, que passou a permitir maior fluxo de água. Depois, quando o rio atinge a normalidade, a água volta para a represa.

A cota máxima do rio atingiu apenas 3,5 metros este ano, sendo que o esperado era pelo menos 5 metros. De acordo com o diretor da Secretaria de Defesa Civil de Cuiabá, José Pedro Zanetti, há uma grande escassez de água e o Rio Cuiabá chegou a até 32 centímetros.

“Ele tem se mantido entre 32 e 50 centímetros na régua, é uma cota muito baixa, pouca água no rio. A gente está com 32% da capacidade útil. Nós tivemos períodos que no final de janeiro e fevereiro, chegamos a 99% da capacidade. Esse ano, chegou a 70% no máximo. Isso representa uma escassez de água“, explica.

A grande cheia do Rio Cuiabá aconteceu há muito tempo, em 1974, quando o nível da água o rio atingiu mais de 11 metros de profundidade. De lá para cá, o nível só desce e o rio vem sofrendo a cada ano.

Rio Paraguai, o principal formador do Pantanal, também está com o nível abaixo da capacidade — Foto: G1 MT

Rio Paraguai, o principal formador do Pantanal, também está com o nível abaixo da capacidade — Foto: G1 MT

O Rio Cuiabá deságua no Rio Paraguai, o principal formador do Pantanal. O nível do Paraguai que banha pelo menos nove cidades da região Centro-Oeste também está baixo.

Em Poconé, no Pantanal Mato-grossense, o Rio Bento Gomes que abastece o município e a região está praticamente seco. Esse ano atingiu a marca de pouco mais de 1,5 metro, sendo que o ideal seria mais de 3 metros.

De acordo com a secretária de Meio Ambiente de Poconé, Danielle de Assis, um plano estratégico está sendo montado, já que não há água suficiente para atender todos os moradores.

“No ano passado, nós sofremos com a grande estiagem que até o Bento Gomes secou e a preocupação veio desde então. A concessionária já perfurou dois poços na região da área urbana para que fossem suficientes para atender toda a população e não falte água", contou.

Rio Vermelho em Rondonópolis — Foto: Reprodução/TVCA

Rio Vermelho em Rondonópolis — Foto: Reprodução/TVCA

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Em Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, o nível do Rio Vermelho atingiu 1,5 metro de altura - nível muito baixo -, já que o ideal seria pelo menos 4,5 metros.

O município construiu 10 novos reservatórios que vão armazenar 22 milhões de litros de água para enfrentar a estiagem.

Já em Tangará da Serra, os reservatórios também estão sendo preparados e a prefeitura publicou um decreto que prevê multar as pessoas que desperdiçarem água na cidade.

Diante desse cenário de falta de água, o diretor da Águas Cuiabá, William Figueiredo, pede consciência da população.

“O desperdício da água é sempre ruim então fechar a torneira quando escovar os dentes, não usar a água para lavar o carro, essas coisas que a gente consegue realmente economizar. A água sempre é muito boa para todos e até para o meio ambiente", afirma.





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