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Terça - 26 de Outubro de 2021 às 06:29
Por: Da Assessoria

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Orçamento proposto pelo Governo do Estado ainda será debatido em audiência pública
Orçamento proposto pelo Governo do Estado ainda será debatido em audiência pública

OProjeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 889/2021), que fixa a receita e a despesa em R$ 26.585 bilhões, prevê para o próximo ano uma renúncia fiscal líquida de R$ 8.512 bilhões. Nesse montante já está incluído o pacote de benefícios de R$ 1,2 bilhões, que o Governo do Estado concede a vários setores econômicos de Mato Grosso.

A maior fatia da renúncia é do Imposto sobre Circulação Mercadoria e Serviços (ICMS), que soma o montante de R$ 8.019 bilhões. Do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) o Governo vai abrir mão da quantia de R$ 266 milhões. Já o perdão de juros e penalidades aos devedores do estado, o valor da renúncia é estimado em R$ 104 milhões.

A audiência pública, que seria realizada nesta terça (26) para discutir o PLOA-2022, foi transferida para o próximo dia 5 de novembro, às 14 horas. O debate será feito por videoconferência. Esse é o primeiro debate do PLOA e será conduzido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). A proposta do Governo será apresentada pela equipe econômica da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), liderada pelo secretário Rogério Gallo.

O pacote de renúncia fiscal de um total de R$ 1,2 bilhão em ICMS, lançado pelo governo para começar a valer em 2022, também está incluído no PLOA-2022. A medida vai atender os setores de energia elétrica, comunicação, gás natural e comercial, gasolina e diesel.

Na conta de energia elétrica, por exemplo, o Estado abre mão de arrecadar R$ 732 milhões. Já com a conta de celular e internet, o governo deixa de arrecadar R$ 198 milhões. De acordo com o PLOA, os projetos de leis sobre essas renúncias fiscais estão em fase de elaboração.

Dívida pública

O PLOA aponta que o estoque da dívida pública, em junho de 2021, foi da ordem de R$ 6.586 bilhões. Desse montante, o maior credor é a União com a cifra de R$ 2.840 bilhões, o que corresponde a 43,12% da dívida pública. O segundo maior credor é o Banco do Brasil com R$ 1.478 bilhão e o terceiro no ranking é a Caixa Econômica Federal que emprestou R$ 760 milhões.

Por isso, o Governo projetou, para o próximo ano, um gasto total com o serviço da dívida na ordem de R$ 1.666 bilhão. O que significa que cada cidadão mato-grossense contribuirá com R$ 461,94. A população estimada para 2022, de acordo com o IBGE, é de 3.600 milhões de habitantes. Em 2021, o dispêndio acumulado executado até junho deste ano, foi de R$ 368 milhões.

Entre as despesas do Estado, a área social é a que contempla o maior volume de recursos, totalizando a quantia de R$ 16.314 bilhões. A Educação, por exemplo, terá a receita de R$ 4.027 bilhões, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de R$ 3.639 bilhões, e para a Secretaria de Estado de Saúde o valor é de R$ 2.522 bilhões.

De acordo com o PLOA, a Secretaria de Estado de Segurança terá um aporte de receita de R$ 529 milhões, que serão investidos em programas finalísticos como, por exemplo, no Programa Tolerância Zero. Nesse programa serão investidos R$ 219 milhões para melhorar os índices de resoluções de crimes.

Teto de gastos

Em 2022, alinhado com a Emenda Constitucional nº 81/2017, o teto de gastos será de R$ 20,12 bilhões, resultado da aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 12 meses, encerrado em junho de 2021. Esse valor é 8,35% ao limite fixado para 2020, que é da ordem de R$ 18,57 bilhões.

Executivo – R$ 16.634 bilhões

Tribunal de Justiça – R$ 1.794 bilhão

Assembleia Legislativa – R$ 585 milhões

Tribunal de Contas do Estado (TCE) – R$ 428 milhões

Ministério Público do Estado (MPE) – R$ 517 milhões

Defensoria Pública (DF) – R$ 170 milhões.

Para o economista Vivaldo Lopes, a atual administração fez uma revisão severa nos benefícios fiscais para os setores do comércio, indústria, agropecuária e serviços (energia, telefonia e internet) e, por isso, os incentivos estão mais adequados ao orçamento estadual.

“A renúncia fiscal de R$ 8.512 bilhões é muito expressiva. Mas isso se dá porque o Governo está com superávit fiscal, financeiro e orçamentário. Com o equilíbrio fiscal, o governo pode devolver à sociedade parte do esforço de austeridade nas despesas administrativas e aumento da arrecadação sob a forma de redução da carga tributária”, explicou Lopes.





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