Mais de 100 agentes cercam terra indígena em MT em operação contra extração ilegal de ouro na área Operação começou neste sábado e seguirá até segunda-feira. Objetivo é apreender maquinários e identificar invasores.
Mais de 100 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Exército Brasileiro, Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) cercaram, neste sábado (19) a Terra Indígena Sararé, localizada entre os municípios de Conquista D'Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso, durante a Operação Alfeu 5, contra o garimpo ilegal na área.
Indígenas da etnia Nhambikwara são pressionados há 30 anos por garimpo ilegal de ouro na região. Os policiais bloquearam os acessos à terra indígena a fim de coibir a prática ilegal do garimpo.
O objetivo da Polícia Federal é apreender as máquinas utilizadas no processo de garimpo e identificar os responsáveis e ocupar a região, de forma a acabar com a atividade garimpeira e evitar uma nova onda de mineração irregular na terra indígena.
A operação ocorre em duas fases. A primeira começou neste sábado e será finalizada na segunda-feira. Essa fase é constituída pela busca de maquinários que são utilizados no garimpo ilegal, bem como a destinação desses equipamentos, se for o caso, para as prefeituras da região.
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Operação Alfeu apura extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, região de Pontes e Lacerda (MT) — Foto: PF/MT
A segunda fase será composta pela destruição e inutilização dos maquinários os quais forem inviáveis a retirada da área do garimpo. A decisão de destruição dos maquinários é da 2ª Vara de Justiça Federal de Cáceres .
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Garimpo ilegal de ouro é alvo de operação — Foto: Polícia Federal/MT
O garimpo ilegal destrói a vegetação, contamina os rios com mercúrio (utilizado na separação do ouro), além de alterar o fluxo das águas na região.
No ano passado, foram realizadas cinco operações na terra indígena Sararé. Nas ações foram apreendidos 40 máquinas e 200 motores usados na extração de ouro.
A Força Nacional vai permanecer no local até abril de 2022 para impedir o retorno dos garimpeiros. A operação tem apoio dos indígenas que moram na área.
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