Ex-marido de produtora rural foi preso na casa de deputado Romero Xavier estava na casa de Cattani quando foi alvo da Polícia pelo assassinato de Raquel Cattani

Momento da chegada de Romero à delegacia de Nova Mutum

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

Romero Xavier, apontado como mandante do assassinato da ex-esposa Raquel Cattani, foi preso dentro da casa do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), seu ex-sogro, em Nova Mutum.

A informação foi dada pelo próprio deputado e confirmada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União). A prisão aconteceu na noite de quarta-feira (24).

A Polícia Civil chegou até o nome de Romero como mandante após encontrar objetos da vítima na casa do irmão dele, Rodrigo Xavier,que em interrogatório confessou ter sido o autor do crime.

Mais cedo nesta quinta-feira (25), em entrevista ao Jornal da Cultura FM, Gilberto Cattani afirmou que já desconfiava do ex-genro e que tinha o intuito de mantê-lo por perto por conta das investigações. Ele também o chamou de “covarde”.

"Na verdade, a gente sempre teve um pé atrás [...]. O álibi que ele tinha era muito forte, tanto que ele não estava aqui. Não teve a capacidade sequer de fazer ele mesmo. Então, um covarde que foi", disse.

O álibi que ele tinha era muito forte, tanto que ele não estava aqui. Não teve a capacidade sequer de fazer ele mesmo. Então, um covarde que foi

O deputado também chamou os irmãos de monstros e disse que a solução do caso dá um pouco de esperança.

“Nós recebemos como uma resposta justa a essa atrocidade pegando esses monstros e colocando atrás das grades. Não vou dizer que conforta, porque nada conforta a gente nesse momento, mas ajuda a ter um pouco mais de esperança nas nossas forças de segurança que agiram de forma magnífica e que nos dão uma resposta”.

Divórcio e crime

Raquel e Romero estavam em processo de divórcio e tinham um casal de filhos, fruto dos nove anos de casamento. Ela foi assassinada com 34 facadas na noite de quinta (18) e encontrada morta pela família na manhã de sexta (19).

No dia do velório e do enterro, o ex-marido estava ao lado dos pais de Raquel e apareceu chorando, além de criar álibis para demonstrar que estaria na cidade e longe do local do crime, para tentar enganar a polícia.