Médicos da UTI do HMC param e outros dois setores sinalizam greve Atrasos são de no mínimo três meses; pacientes que já estão internados continuarão sendo atendidos
Os médicos da UTI do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (31) por falta de pagamento. Outros dois setores da unidade ameaçam parar pelo mesmo motivo.
Não dá para trabalhar assim. A UTI já parou e quem está perto de parar é a cirurgia pediátrica e a anestesia
Conforme apurou a reportagem, os atrasos são de, no mínimo, três meses, com setores que chegaram a quatro meses sem salários..
“Não dá para trabalhar assim. A UTI já parou e quem está perto de parar é a cirurgia pediátrica e a anestesia”, disse um médico que preferiu não se identificar.
“Os pacientes que estão internados vão ser assistidos, mas não interna mais ninguém”, explicou o profissional.
Segundo o médico, a cirurgia pediátrica por pouco não paralisou as atividades no último sábado (27).
“Ficaram de pagar e pagaram um mês, um mês de quatro. Mas já completaram, novamente, os 90 dias de limite”, disse.
Segundo a denúncia, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, da Secretaria Municipal de Saúde, não tem feito os repasses às empresas terceirizadas que prestam serviço ao HMC.
O prazo para pagamento dos valores é de 90 dias após a emissão da nota fiscal; esse prazo caiu para 60 dias com a nova legislação. No entanto, os contratos ainda seguem no padrão antigo.
“A Prefeitura não está cumprindo esse prazo, como ela não se manifestou, aí para tudo”, afirmou o profissional.
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública negou a paralisação.
Outro lado:
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP esclarece:
-A equipe médica que atua no setor de reanimação (sala vermelha), por meio da empresa Pró Ativa, no Hospital Municipal de Cuiabá e no Pronto Socorro Dr. Leony Palma de Carvalho (HMC), está atuando normalmente. Não há nenhuma paralisação, greve ou suspensão de atendimentos por parte dos servidores. Após contestação dos profissionais devido à falta de pagamentos por parte da empresa que presta os serviços, a diretoria geral do HMC se reuniu com a equipe e garantiu que o problema seria resolvido ainda nesta quarta-feira (31).
-Ressalta-se ainda que a responsabilidade pelos pagamentos das empresas prestadoras de serviços terceirizados para seus funcionários é exclusivamente dessas empresas contratadas, não cabendo à ECSP qualquer interferência ou responsabilidade sobre tais questões.
-A previsão é de que esses pagamentos sejam regularizados de forma gradativa com recursos próprios do executivo municipal até o próximo dia 10 de julho de 2024.
Comentários