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Quarta - 31 de Julho de 2024 às 13:01
Por: Liz Bruneto/Mídia News

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Fachada do HMC (Hospital Municipal de Cuiabá)
Fachada do HMC (Hospital Municipal de Cuiabá)

Os médicos da UTI do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (31) por falta de pagamento. Outros dois setores da unidade ameaçam parar pelo mesmo motivo.

Não dá para trabalhar assim. A UTI já parou e quem está perto de parar é a cirurgia pediátrica e a anestesia

Conforme apurou a reportagem, os atrasos são de, no mínimo, três meses, com setores que chegaram a quatro meses sem salários..

“Não dá para trabalhar assim. A UTI já parou e quem está perto de parar é a cirurgia pediátrica e a anestesia”, disse um médico que preferiu não se identificar.

“Os pacientes que estão internados vão ser assistidos, mas não interna mais ninguém”, explicou o profissional.


Segundo o médico, a cirurgia pediátrica por pouco não paralisou as atividades no último sábado (27).

“Ficaram de pagar e pagaram um mês, um mês de quatro. Mas já completaram, novamente, os 90 dias de limite”, disse.

Segundo a denúncia, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, da Secretaria Municipal de Saúde, não tem feito os repasses às empresas terceirizadas que prestam serviço ao HMC.

O prazo para pagamento dos valores é de 90 dias após a emissão da nota fiscal; esse prazo caiu para 60 dias com a nova legislação. No entanto, os contratos ainda seguem no padrão antigo.

“A Prefeitura não está cumprindo esse prazo, como ela não se manifestou, aí para tudo”, afirmou o profissional.

A Empresa Cuiabana de Saúde Pública negou a paralisação.

Outro lado:

A Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP esclarece:

-A equipe médica que atua no setor de reanimação (sala vermelha), por meio da empresa Pró Ativa, no Hospital Municipal de Cuiabá e no Pronto Socorro Dr. Leony Palma de Carvalho (HMC), está atuando normalmente. Não há nenhuma paralisação, greve ou suspensão de atendimentos por parte dos servidores. Após contestação dos profissionais devido à falta de pagamentos por parte da empresa que presta os serviços, a diretoria geral do HMC se reuniu com a equipe e garantiu que o problema seria resolvido ainda nesta quarta-feira (31).

-Ressalta-se ainda que a responsabilidade pelos pagamentos das empresas prestadoras de serviços terceirizados para seus funcionários é exclusivamente dessas empresas contratadas, não cabendo à ECSP qualquer interferência ou responsabilidade sobre tais questões.

-A previsão é de que esses pagamentos sejam regularizados de forma gradativa com recursos próprios do executivo municipal até o próximo dia 10 de julho de 2024.





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