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Ciência/Pesquisa
Sábado - 12 de Julho de 2025 às 06:28
Por: Haillyn Heiviny/Primeira Página

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O antigo zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso está em processo de reforma. No entanto, ao contrário do que muitos imaginam, o espaço não será aberto ao público com exposição de animais.

A diretora do Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas), professora Sandra Ramiro, reforça que a unidade não se enquadra na categoria de zoológico, de acordo com a legislação ambiental vigente.

Zoológico UFMT: fechado há 7 anos, espaço não tem previsão para receber visitantesZoológico da UFMT se tornou Centro e está fechado para visitação. (Foto: Helena Corezomaé/Primeira Página)

A aguardada reforma Cempas está em fase de licitação. A contratação das empresas de arquitetura e consultoria ambiental responsáveis pelo projeto está em andamento, mas não há prazo definido para início ou conclusão das obras.

“Por se tratar de um centro de recuperação de animais silvestres, o Cempas não receberá visitação pública. Somos um empreendimento de cuidados com a fauna”, esclareceu a diretora.

O projeto de reforma prevê a recuperação da área do entorno do Lago Maior, dentro do campus da UFMT, e a reestruturação do Museu Bicho por Dentro, que abriga esqueletos e peças biológicas taxidermizadas. Esses materiais são utilizados nas ações de educação ambiental promovidas pela instituição.

O novo museu será o único espaço com acesso ao público, e contará com trilhas educativas, áreas lúdicas e visitação monitorada, mas sem animais vivos em exposição.

“Somente esse espaço será aberto à visitação. O objetivo é ampliar as ações educativas, mas sempre respeitando o caráter técnico e de recuperação do nosso trabalho”, afirmou a diretora.

Ainda segundo Sandra, o CEMPAS continuará recebendo apenas animais silvestres em situação de risco, encaminhados para atendimento no Hospital Veterinário da UFMT.

Após estabilização, eles seguem para reabilitação e, quando recuperados, são destinados pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), responsável pelo manejo da fauna no estado. Caso estejam aptos a retornarem à natureza, são soltos novamente.

“Não virão animais novos com fins de exposição. Trabalhamos exclusivamente com recuperação, e por isso não há qualquer tipo de acesso público às áreas onde esses animais ficam internados”, reforça.

Com a reforma, o antigo zoológico da UFMT pretende fortalecer seu papel como centro de apoio à fauna silvestre e à educação ambiental, sem abrir mão do compromisso técnico e ético com a recuperação dos animais atendidos.





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