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Segunda - 25 de Junho de 2012 às 17:37
Por: Laura Petraglia

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Foto: Laura Petraglia - OD

Resíduo da Construção Civil descartado às margens de córrego

Resíduo da Construção Civil descartado às margens de córrego



Das 200 caçambas cheias de resíduos da construção civil geradas em Cuiabá diariamente, apenas 17  (8,5%) chegam à Usina de Triagem da Capital, local adequado e destinado pela legislação como fim correto para este tipo de resíduo. Mais de 90%, segundo o engenheiro Fábio Candia, sócio-proprietário da empresa Eco Ambiental, detentora da concessão do aterro de resíduos da construção em Cuiabá, é despejado de forma criminosa às margens de rodovias, beiras de córrego e terrenos baldios, denuncia.

Há pouco mais 100 metros do aterro e usina de triagem de resíduos da construção civil de Cuiabá, às margens da MT 251, a reportagem do Olhar Direto flagrou toneladas deste tipo de material descartado em um terreno baldio e na beira de um córrego da rodovia. A construção civil é reconhecida como uma das mais importantes áreas de desenvolvimento econômico e social, por outro lado, comporta-se ainda como grande geradora de impactos ambientais.

Por lei, as obras de uma maneira geral, devem apresentar projetos de gerenciamento e destinação dos resíduos da construção civil, mas nem sempre é assim que funciona. “Muito se fala em meio ambiente, mas os serviços ambientais tem um custo que as pessoas nem sempre estão dispostas a pagar. Muitas obras contratam um caçambeiro para fazer a retirada do entulho, mas não querem saber pra onde e o destino que será dado a esse material”, explica Fábio.

No aterro, assim que as caçambas chegam, os trabalhadores fazem a triagem do material. Os chamados resíduos cinza e vermelho (resíduos de construção, demolição, reformas, reparos de pavimentação, tijolos, pisos), são separados para posteriormente serem processados na usina e reciclados na forma de agregados.

Resíduos como papel, plásticos, papelão, metais, vidros, são separados e destinados às empresas que fazem reciclagem deste tipo de material. As madeiras também são processadas e destinadas a empresas que utilizam caldeira, como combustível para queima.

Por enquanto, a usina da Eco Ambiental ainda não está funcionando, porém, a previsão é para que comece a operar ao final de julho.






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