A Secopa informou, porém, que a empresa habilitada não pode ser declarada vencedora porque após publicação no Diário Oficial do estado que circula nesta sexta-feira será aberto prazo de cinco dias úteis para a interposição de recursos das demais empresas que disputaram a licitação. Caso alguma empresa entre com recurso, a Secopa informou que serão acrescidos mais cinco dias para a avaliação das contestações.
Para o presidente da comissão de Licitação do VLT, Eduardo Rodrigues, as empresas poderão apresentar recursos quanto ao julgamento das propostas técnicas de preço e de habilitação, solicitando a reavaliação dos pontos obtidos nos critérios de preços e documentos habilitados.
O governador Silval Barbosa já disse que vai buscar abaixar o preço do valor com o consórcio vencedor. "O VLT está na primeira fase. Está sendo avaliado o projeto técnico e o preço. Depois vem a fase negocial que certamente vamos buscar cair o preço. O preço nós vamos negociar", afirmou Silval. O governo do estado ainda vai buscar uma complementação para o financiamento do modal.
Consórcio VLT
Composto pelas empresas CR Almeida, Santa Bárbara e Astep, o consórcio VLT Cuiabá propôs construir o modal por um valor de R$ 1,477 bilhão. Com 99,88 pontos conquistados no processo licitatório que foi realizado via Regime Diferenciado de Contratação (RDC), o consórcio apresentou documentos de habilitação do consórcio, registro no Crea, atestado de responsabilidade técnica, entre outros. Em segundo lugar, com 98,20 pontos, ficou o Consórcio Mendes Junior/ Soares da Costa/ Alstom. Na terceira posição terminou o Consórcio Tranvia Cuiabá com 96,49 pontos.
O projeto
O VLT é considerado a maior obra pública de Mato Grosso na atualidade. Ao longo dos 22,2 quilômetros do trajeto do VLT, serão necessárias intervenções viárias como a construção de cinco viadutos, três trincheiras e três pontes. Com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro, o modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), FEB, 15 de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa. Serão três terminais de integração e 33 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro.
Os terminais terão estacionamento para veículos e bicicletário, ampliando o potencial de mobilidade urbana na capital e em Várzea Grande. O anteprojeto prevê também que todos os critérios de acessibilidade serão contemplados na elaboração dos projetos básico, executivo e, consequentemente, na execução das obras.
O sistema de bilhetagem deverá ser compatível e integrada aos sistemas de arrecadação utilizados nos transportes públicos de Cuiabá e Várzea Grande, hoje em operação em seus ônibus (bilhetes, cartões, máquinas de venda e validadores). A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por vagão e a velocidade de operação prevista é 60 km.
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