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Politica Brasil
Sábado - 21 de Abril de 2012 às 20:24
Por: Glaucia Colognesi/Laura Nabuco

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     O presidente da CPI das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) na Assembleia, deputado Percival Muniz (PPS), diz acreditar que o relatório final do trabalho da comissão deve ser apresentado ainda na próxima semana. Apesar de ter chegado a prometer uma reunião, que não ocorreu, para a última quinta (19), o parlamentar garante que o processo está em fase de conclusão. "Estamos fazendo uma revisão ortográfica. Nessas coisas o importante é a qualidade do trabalho. Não vou ficar atropelando por causa de prazo", afirma. 

     Na semana passada, o relator da CPI, deputado Dilmar Dal"Bosco (DEM) justificou o atraso na entrega do relatório dizendo que não estava conseguindo encontrar Percival para finalizar os últimos procedimentos, já que precisa do aval do colega. Segundo Dilmar, o novo prazo é entre quarta (25) e quinta (26) da próxima semana.

     Já Percival garante que está disposto a finalizar logo esse assunto. "Se o relatório estiver pronto nós aprovamos essa semana, mas eu preciso confirmar. Semana passada não conseguiram me encontrar porque eu estava resolvendo outros compromissos fora de Cuiabá", alegou.

     A CPI completou aniversário de um ano e a população desconfia que ela esteja sendo prorrogada apenas para que os parlamentares tirem proveito político ou financeiro dela. Percival desconversa quando questionado sobre essa morosidade e não explica o porquê da delonga, despertando ainda mais a desconfiança dos eleitores. "A população tem direito de falar o que quizer. São críticas bem-vindas".

     Um leitor deste portal intitulado como cuiabano, por exemplo, diz ser engenheiro e faz a seguinte análise da CPI ao comentar as matérias referentes a CPI. "A fiscalização cabe a pessoas habilitadas profissionalmente, seja ela em qualquer esfera. O que está havendo é uma tentativa de capitalizar politicamente e financeiramente esta CPI. Quem duvidar merece um atestado de ingenuidade", escreveu.

     Já outro leitor que se identifica como João José da Amorim avalia que a CPI teria sido usada para negociar o recuo da candidatura de Adilton Sachetti (PDT) a prefeito em Rondonópolis. "A pedido de quem seria a sua retirada de ser candidato com as pesquisas todas favoráveis? Quem são os beneficiados com a PCHs de Mato Grosso? Qual a ligação de negócios Amaggi e Sachetti?", questiona.

     Havendo ou não interesses escusos, o que se sabe ao certo é que a CPI foi iniciada com muitas denúncias e prometendo duras providências, até a anulação de licenças ambientais concedidas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Apesar disso, foi esfriando os ânimos ao longo do tempo e nenhum parlamentar subiu mais à tribuna para cobrar o relatório e a conclusão dos trabalhos. A finalização está demorando tanto que o vice-presidente da CPI, deputado Walter Rabello (PSD), nem está mais no Parlamento. O social-democrata tirou licença para contemplar o terceiro suplente, ex-prefeito de Jaciara Valdizete Nogueira (PSD).

     A CPI prometia incomodar grandes empresários do ramo, porque ela foi criada com o objetivo de investir denúncias de que determinados grupos empresariais estaria tendo privilégios junto a Sema para obter a autorização para a instalação dos empreendimentos. Um dos alvos da CPI seria Eraí Maggi, primo do ex-governador Blairo Maggi (PR). Os parlamentares também justificavam a CPI dizendo que as autorizações de licença não estavam respeitando os procedimentos previstos em lei, que era de passar pela aprovação do Legislativo.





Fonte: RDNEWS

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