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Educação/Vestibular
Sábado - 07 de Janeiro de 2012 às 16:56
Por: RENATO MACHADO

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O Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), reconheceu à Justiça que problemas na correção da prova não se restringiram a um aluno.

A Folha mostrou na quarta-feira que um aluno do colégio paulistano Lourenço Castanho entrou na Justiça para obter uma cópia autenticada da sua redação corrigida, que havia sido anulada na correção do Enem.

A Justiça Federal de São Paulo concedeu liminar favorável ao estudante. Logo em seguida, o Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável pelo exame, informou que a nota mudaria para 880. Mas até agora a cópia da redação não foi fornecida ao aluno.

O Inep divulgou para a imprensa que esse seria o único caso de problemas na redação. No entanto, a Procuradora Federal do órgão informou à Justiça Federal nesse processo que houve um "erro material" na correção da prova de "alguns alunos".

"Em 30/12/2011, a Procuradora Federal do Inep encaminhou via correio eletrônico o ofício nº 4.560, pugnando pela reconsideração da decisão (liminar para o acesso à redação corrigida), haja vista erro material quando da correção das provas de alguns alunos participantes do Enem, dentre as quais a redação do próprio impetrante, que teve a sua prova devidamente corrigida e a nota consequentemente alterada", informa trecho da decisão do juiz federal Luiz Carlos Mota.

O juiz manteve anteontem a decisão de outra magistrada de plantão que concedeu liminar obrigando o Inep a fornecer uma cópia da redação corrigida ao estudante.

NOVA VERSÃO

Ao contrário do que informou à Justiça, o Inep agora afirma que o erro "até onde sabemos, atingiu apenas um participante do Enem 2011 e o problema já foi resolvido com a nova correção da redação dele", afirmou em nota.

O órgão disse que o documento enviado à Justiça citava "provas de alguns alunos", no plural, pois "poderiam haver outros casos". O Inep não explicou qual foi o "erro material".

Enquanto isso, o colégio Lourenço Castanho ainda espera que o Inep apresente a prova de redação corrigida de seu aluno. "A nota foi mudada, mas para nós o caso ainda não está resolvido. Queremos ver a cópia autenticada da redação para saber o que realmente aconteceu", disse a diretora da instituição, Sylvia Figueiredo Gouvêa.

O prazo vence na segunda-feira. O Inep não informou se vai entregar a redação e disse apenas que está dentro do prazo.

Outros sete estudantes do Rio de Janeiro obtiveram liminares na Justiça para terem acesso à redação corrigida e à revisão da avaliação. No entanto, ainda não houve decisão sobre alterações ou não na nota final desses alunos.

As inscrições para o Sisu, sistema de seleção que usa a o Enem, começou às 0h de hoje. São oferecidas 108 mil vagas de ensino superior.






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