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Policia MT
Quarta - 28 de Dezembro de 2011 às 18:10
Por: Dhiego Maia

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Arquivo pessoal
Mãe de Maiana foi favorável ao namoro da filha com empresário de 38 anos.
Mãe de Maiana foi favorável ao namoro da filha com empresário de 38 anos.

“Não tivemos Natal. Todos nós passamos [a data] chorando e até hoje ninguém da minha família consegue dormir e comer direito”. Esta é a declaração da mãe da adolescente Maiana Vilela, de 16 anos, que desapareceu após trocar um cheque em uma agência bancária do bairro CPA II, em Cuiabá, há oito dias.

A dona de casa, Suely Cícero Mariano, de 37 anos, é contrária à tese da polícia de que a filha tenha forjado o próprio desaparecimento como desculpa para chamar a atenção do namorado, um empresário, de 38 anos, do ramo de pré-moldados.

Segundo a dona de casa, alguém mantém a filha em cárcere privado em algum lugar em Mato Grosso. “Eu penso que alguém mandou pegar Maiana para dar um susto e pensou que ela não tivesse família e eu estando fora de casa, o fato não ia dar em nada”, afirmou a mãe da adolescente.

De acordo com Suely, a filha conheceu o namorado, por meio de amigos e com ele, mudou de vida. Ao G1, ela disse que consentiu com o relacionamento ao perceber que Maiana saiu de uma depressão profunda. “Ela era carente, queria estudar, crescer, mas eu não tinha condições de dar isso. Ele apareceu na vida dela e a levou para o médico, dentista e para uma ótima escola. E prometeu fazer tudo por ela”, confirmou.

Além de concordar com o namoro, dona Suely também permitiu que Maiana fosse morar na casa da mãe do namorado dela. “Lá, o pessoal estava sempre do lado dela, a ajudava a estudar e nunca ficava sozinha. Eu nunca tinha tempo de ficar com ela”, informou. Maiana passou seis meses na casa da sogra até desaparecer na semana passada.

Questionada se Maiana já fugiu de casa em outras ocasiões, Suely disse que a filha apenas saía para festas e voltava "dois, três dias depois para casa". Depois que conheceu o empresário, segundo a mãe, Maiana parou de sair para festas e passou a ficar mais em casa.

Quando o empresário conheceu Maiana, ele estava em processo de separação da ex-mulher, que, inclusive, é funcionária da fábrica de pré-moldados. Porém, nesta semana, quando prestou depoimento à polícia, o empresário disse que mesmo se relacionando com Maiana, ainda se encontrava com a ex-mulher, com quem tem filhos.

Desaparecimento forjado
De acordo com a delegada que preside as investigações, Anaíde de Barros, Maiana passou a sentir a ausência do namorado e, por isso, teria simulado o próprio desaparecimento para chamar a atenção do empresário.

“Isso veio em concordância com uma testemunha que disse que a adolescente alegou que estava se sentindo muito sozinha, porque o empresário estava saindo nos finais de semana e não estava ficando em casa. Ele estava saindo com ex-mulher”, disse Barros.

Com os R$ 500 que conseguiu trocar na agência, para Barros, Maiana poderia ter utilizado o dinheiro para se esconder de forma proposital. Mesmo diante dessa linha de investigação, ao G1, a delegada reforçou que não descarta nenhuma outra hipótese de violência e, por isso, reforçou a equipe de investigadores para tentar elucidar a situação o mais rápido possível.

Segundo dona Suely, a filha e a ex-mulher do empresário chegaram a se desentender. “Ela [ex-mulher] já esteve em frente da minha casa e minha filha já foi seguida por ela e mais três mulheres”, disse. À delegada, a ex-mulher do empresário, em depoimento, confirmou alguns desentendimentos que teve com a adolescente. “A ex-mulher disse que viu ela [Maiana] com o marido no carro. Ela disse que xingou Maiana, mas não passou disso”, informou.

Ela era carente, queria estudar, crescer, mas eu não tinha condições de dar isso"
Suely Cícero Mariano

Já o pai de Maiana, Elson Vilela, um cabo da Polícia Militar que reside no interior de Mato Grosso, acompanha as investigações de perto. Ao G1, ele disse que não sabia do relacionamento da filha com o empresário e que tinha pouco contato com a filha. “Nós sempre nos falamos por telefone. Quando ela nasceu eu já estava separado da mãe dela, por isso a distância”, enfatizou.

Além da incerteza sobre o paradeiro da filha, a família vem enfrentando outro problema. “Não estamos aguentando mais a quantidade de trotes de telefone que estamos recebendo. Peço a essas pessoas que tenham compaixão e se souberem onde minha filha está, que nos ajudem”, disse dona Suely.

Paradeiro
Segundo a família da adolescente, no dia em que desapareceu, na última quarta-feira (21), Maiana ligou às 08h39 para o celular do empresário, fez almoço, foi ao banco e, a partir daí, não foi mais vista. Para tentar localizar a adolescente, a Polícia Civil já requisitou as imagens do circuito interno do banco e de empresas próximas à agência. Quem tiver pistas do paradeiro da adolescente pode ligar no 197





Fonte: Do G1 MT

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