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Policia MT
Quarta - 28 de Dezembro de 2011 às 17:05
Por: Lucas Bólico

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Ilustração

Um Boletim de Ocorrência forjado com informações falsas sobre um assalto seguido de sequestro no Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá, fez com que o 10º Batalhão da Polícia Militar mobilizasse, sem necessidade alguma, equipes da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) na noite de ontem (27).

Não houve roubo, nem sequestro e nem tampouco arrastão no Parque Mãe Bonifácia, na noite de ontem, conforme assegurou o tenente-coronel Alexandre Mendes, comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, que faz o policiamento no local, em entrevista ao Olhar Direto.

Segundo o coronel, a história de assalto, sequestro e arrastão começou com um Boletim de Ocorrência que foi forjado com informações falsas, fornecidas à polícia por Aguinelo Leite Júnior, de 27 anos, na noite de ontem. Júnior disse que estava em companhia de uma amiga no parque quando teria sido abordado por quatro homens, munidos de armas de fogo e armas brancas.

Ele ainda afirmou no B.O. que conseguiu escapar dos bandidos e deixou a amiga em poder do grupo. Ao escapar, teria ido direto registrar o B.O. na polícia. Com a informação de que uma garota estava em poder de quatro homens armados dentro do parque, a polícia mobilizou rapidamente o Bope e a Rotam para a operação de resgate.

A polícia voltou a fazer contato com o autor do B.O. e o informou que acionaria a universidade onde a garota estuda fisioterapia para tentar localizá-la. Ao perceber que o caso tomava grandes proporções, e na iminência de ser desmentido, Aguiberto admitiu a farsa.

Ele havia sido assaltado sim, mas o fato não ocorreu nas dependências do parque e sim nas proximidades, na avenida Filinto Muller. Na verdade, Aguiberto foi abordado por dois homens aparentemente desarmados que lhe roubaram o boné e o celular. A fraude foi inventada, segundo ele, para que a polícia agisse com mais agilidade no caso. “Ele mentiu em partes”, afirmou o coronel.

Outro lado

Procurado pela reportagem, Aguiberto afirmou que não se manifestaria até entrar em contato com seu advogado, porque, segundo ele, a imprensa poderia distorcer suas declarações. Ele deverá responder por criar falsa notícia-crime por ter inventado essa farsa.






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