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Policia MT
Sexta - 16 de Dezembro de 2011 às 06:18
Por: ADILSON ROSA

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Ilustração
Com o assassinato do jovem Carlos Soares da Silva, de 21 anos, ocorrido anteontem no bairro São Roque, em Cuiabá, a Grande Cuiabá chega a 365 execuções neste ano que está se tornando um dos mais violentos dos últimos tempos. Só deve perder para 2001, que fechou com 384 assassinatos. Como ainda faltam 17 dias para o término do ano, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) calculam que será um número próximo.

Mesmo que não houvesse mais assassinatos até o final do ano, o índice seria de um homicídio por dia. De 2001 para cá, esse índice despencou, mas voltou a aumentar. Para se ter idéia do aumento dos assassinatos, 2010 fechou com 324 execuções – 41 mortes a menos do que as registradas até agora.

Segundo o delegado Silas Caldeira, titular da DHPP, o homicídio é um crime imprevisível, difícil de ser prevenido. Os policiais destacam que não existe uma explicação plausível para o recorde de assassinatos na Grande Cuiabá, mas lembram que cerca de metade das execuções tem como motivação o tráfico de drogas.

“O tráfico, de uma forma ou de outra, pois é sempre quando a vítima é usuária e não paga o traficante e acaba sendo executada. A situação mais complicada é quando estamos diante de um latrocínio, onde a vítima acaba sendo executada sem motivo mesmo”, observou um policial.

O assassinato de Carlos Soares ilustra um crime motivado por drogas. Testemunhas disseram que ele caminhava por uma rua do bairro e foi cercado por dois homens numa motocicleta. O que estava na garupa atirou seis vezes, acertando todas. Baleado no tórax e nas costas, ele caminhou cerca de cinco metros até cair morto.

Policiais da DHPP disseram que o jovem era usuário de entorpecentes e não descartam a hipótese de o crime estar ligado com o tráfico de drogas. “Ele pode ter dado um ‘banho’, comprou e não pagou”, observou um policial.

Os policiais acrescentaram que, no balanço do ano, a lista da motivação dos crimes se completa com crimes de acerto de contas envolvendo rixa, crimes de mando – onde aparece o pistoleiro e o mandante – e também o crime passional (motivado por paixão). Como crime de mando, os policiais citam a morte do jornalista Auro Ida, assassinado com tiros de pistola no bairro São João Del Rey.

Como exemplo de rixa está a execução do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, de 73 anos, baleado e morto no dia 21 de junho dentro da agência bancária do Itaú na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.




Fonte: DO DC

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