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Internacional
Quarta - 30 de Novembro de 2011 às 07:29

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O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou, na terça-feira (29), que as acusações sobre violações de direitos humanos feitas contra a Síria, no relatório da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU (Organização das Nações Unidas), são "muito graves" e que o uso do aparato do Estado para reprimir manifestações é "inaceitável".

O relatório, entregue na segunda-feira (28) ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas, concluiu que houve violação aos direitos humanos no país -- como execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparições forçadas, tortura, violência sexual e violação dos direitos das crianças; cometidas por forças de segurança sírias.

Segundo Patriota, caberá ao Conselho de Direitos Humanos da organização analisar o conteúdo do relatório e dar seguimento às recomendações. O Brasil não faz parte do mandato atual do conselho.

O ministro ainda informou que o governo brasileiro tentou fazer que a comissão investigatória, integrada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, fosse recebida pela Síria.

"Foi uma pena, porque teria ajudado a incorporar outras perspectivas", disse.

Para o chanceler, a Liga Árabe é instância em melhor situação para mediar o conflito.

"É um desenvolvimento importante o fato de a Liga estar encontrando uma voz para manifestar-se sobre a Síria. Durante os primeiros meses de turbulência, a Liga não encontrava um consenso".

De acordo com Patriota, o Ministério das Relações Exteriores mantém contato com o secretário-geral da Liga Árabe, o diplomata egípcio Nabyl-Al Araby -- que, segundo o ministro, aguarda a reação da autoridades sírias frente às últimas manifestações da Liga.






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