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Cidades/Geral
Terça - 25 de Outubro de 2011 às 07:26
Por: DAFNE SPOLTI

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Para 5ª-feira está prevista passeata na avenida do CPA, em Cuiabá
Para 5ª-feira está prevista passeata na avenida do CPA, em Cuiabá
Os servidores do Judiciário estadual estavam reunidos em protesto ontem, na retomada do movimento grevista da categoria. No Fórum de Cuiabá, o som de Cazuza ecoava em volume alto em brado contra a “burguesia e os poderosos”. Cerca de 3,5 mil trabalhadores aderiram à greve nas comarcas do Estado. Eles reivindicam a apresentação do cronograma de pagamento do passivo de Unidade Real de Valor (URV), que é referente à conversão da moeda brasileira para o Real, em 1994; e querem também que seja feita a progressão vertical funcional.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário Estadual (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, durante a greve, que será por tempo indeterminado, os servidores farão manifestações diariamente, a partir das 12h, em frente aos respectivos fóruns. Para depois de amanhã está prevista uma passeata na avenida do CPA, quando a corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliane Calmon, vem a Cuiabá.

Segundo Rosenwal, 30% dos servidores estão trabalhando e irão priorizar o andamento dos processos que tratem sobre integridade física. Ele afirmou, porém, que outros processos devem, sim, ficar atrasados.

Para Rosenwal é necessário que haja uma mudança no pensamento do administrador. Ele disse que os administradores de órgãos públicos precisam fazer o possível para evitar ações como greves, e que, normalmente o que fazem é “ir empurrando o problema sempre para frente, para a próxima administração”, até deixar chegar num estágio limite, tanto no Judiciário, quanto nos poderes Legislativo e Executivo. O sindicalista afirmou que o pagamento do passivo de URV já foi efetuado na maioria dos estados. Quanto à progressão funcional vertical, argumentou que está garantida pela lei 8814/2010.

O servidor Marco Antônio Gouveia, analista judiciário, disse esperar que os trabalhadores e o TJ possam dialogar. Ele lembrou, porém, que apesar de faltar alguns ganhos, já tiveram a conquista de 5% em relação à perda inflacionária e R$ 300 de vale alimentação.

A greve do Judiciário, que estava marcada para começar no dia 3 de outubro, foi suspensa por conta de um pedido formal do Tribunal de Justiça. Passados, porém, os 15 dias, o TJ apresentou uma proposta de utilizar R$ 11 milhões para pagamento do passivo de URV. Para a categoria esse valor é insuficiente. Eles reforçam a necessidade de um cronograma com as datas exatas de pagamento porque, de acordo com Rosenwal, o TJ não informou se o pagamento será feito mensal, semestral ou anualmente.

No ofício encaminhado pelo TJ à categoria na semana passada também constava que estava sendo constituído um comitê gestor para estudo da progressão funcional vertical, mas o presidente do Sinjusmat disse que, como isso já é garantido por lei, não existe motivos para criação deste comitê.

Conforme a assessoria de imprensa do TJ, o presidente Rubens de Oliveira resolveu não se pronunciar por enquanto sobre a greve.




Fonte: Do DC

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