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Cidades/Geral
Segunda - 24 de Outubro de 2011 às 21:40

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O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) disse nesta segunda-feira, em Tangará da Serra, que trabalha em Brasília para que seja votada ainda este ano a emenda de sua autoria que libera o cultivo de cana-de-açúcar nos biomas amazônico e do Pantanal e em áreas de segundo plantio.

O parlamentar esteve reunido durante toda a manhã com empresários do setor sucroalcooleiro de Tangará da Serra e região, e também com o prefeito tangaraense Saturnino Masson, seu companheiro de partido. O vice-prefeito de Tangará da Serra, Idail Trubian (PDT), também participou do encontro realizado na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Tangará da Serra (Acits).

Durante a reunião, Leitão garantiu que conta com o apoio de vários senadores, entre eles Acir Gurgacz (PDT/RO) e Flexa Ribeiro (PSDB/PA), e que a proposta tem transitado com boa receptividade pelo Senado Federal. Ele também discutiu a questão com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Curt Trennepohl, na tarde da última quarta-feira (19). “Se esta emenda for aprovada, o problema estará resolvido. O governo precisa entender que nós não queremos desmatar a Amazônia, queremos poder usar áreas já desmatadas e que estão com outros cultivos para plantar, também, a cana-de-açúcar”, explicou o deputado tucano.

Segundo Nilson Leitão, a emenda contempla, ainda, a autorização para instalação de novas usinas de álcool e açúcar, em especial na região do Alto Paraguai e nos biomas do Pantanal e da Amazônia. Conforme a emenda, as atividades ficariam restritas em áreas já abertas, com veto à queima dos canaviais e sem liberar dejetos no meio-ambiente ou causar qualquer impacto ambiental. “Não queremos derrubar nenhuma árvore a mais, nem plantar cana em regiões alagadas. Queremos utilizar as áreas já abertas para pastagens e lavouras”, esclareceu.

Para o prefeito Saturnino Masson, a liberação de empreendimentos industriais do setor sucroalcooleiro representaria um grande salto na economia de Tangará da Serra. “Esperamos que a emenda proposta pelo deputado Nilson Leitão seja aprovada para que, com isso, possamos alavancar o crescimento do município”, disse o gestor.

Presente na reunião, o produtor rural e empresário Normando Corral, presidente da Ciaterra Participações S.A - empresa que tem projeto de instalação de duas usinas de álcool e açúcar em Tangará da Serra - disse que há necessidade de derrubar o decreto 6.961, que fez vigorar o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar e que, assim, comprometeu novos investimentos. Normando Corral fez coro com Nilson Leitão. "O governo impede o desenvolvimento do setor com este decreto. Nossa proposta é aproveitar as áreas consolidadas para elevar a produção de cana. Mas, com este decreto, ficamos amarrados", argumentou Normando.

A principal preocupação é com a dificuldade de se obter licenças para a implantação de novas indústrias de processamento da cana, seja para a produção de etanol ou mesmo para a fabricação de açúcar.

Segundo dados do setor, a produção nacional de etanol é de 28 bilhões de litros, volume insuficiente para atender o mercado interno. Para tanto, o governo federal pretende incentivar a instalação de 140 novas usinas com capacidade média de moagem de três milhões de toneladas de cana. O objetivo é equilibrar o consumo interno e equilibrar a balança comercial através das exportações.

Também durante a reunião, Nilson Leitão convidou os presentes para uma audiência pública com o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que lidera as discussões em torno do Novo Código Florestal. A audiência será realizada no próximo dia 4 de novembro, em Sinop.






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