Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica MT
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 21:50

    Imprimir


Superado o corre-corre para novos filiações daqueles que desejam disputar para prefeito ou a vereador, os caciques políticos agora fazem os cálculos e montam quebra-cabeça para identificar em quais municípios terão chances reais de êxito nas urnas. Com o advento da lei da fidelidade partidária, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral desde março de 2007, a maioria dos ocupantes de cargos eletivos não entrou no troca-troca partidário, temendo perder mandato. Por outro lado, a brecha na lei que dá legitimidade para se ingressar numa nova legenda fez com que o recém-criado Partido Social Democrático se tornasse espécie de "bola da vez". O partido capitaneado no Estado pelo cacique José Riva, que já foi do PMN, PTB, PSDB e PP, absorveu toda espécie de político. Atraiu sufocados e descontentes com legendas anteriores e os que buscam espaço, acomodação política, barganha e poder, visando as próximas eleições.

O diagnóstico disso é um PSD já com 50 prefeitos, mais de 350 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais e o vice-governador Chico Daltro. No comando da Assembleia há quase 20 anos e com forte influência até nos demais Poderes constituídos, Riva mostrou mais uma vez força política. Até lideranças que criticavam-no, inclusive faziam questão de lembrar que o cacique político responde a vários processos da Justiça, se renderam ao deputado.

Enquanto o PSD cresceu, outras legendas "encolheram". O PR presidido pelo deputado federal Wellington Fagundes perdeu 8 prefeitos, entre eles Tião da Zaeli, de Várzea Grande, segundo maior município mato-grossense. Isso acabou culminando em crise interna. Agora, os republicanos caem para a segunda colocação em número de prefeituras. Conduzem 24. A maior força do partido do ex-governador e senador Blairo Maggi está na Assembleia, onde é dono da maior bancada, com 7 deputados (Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Wagner Ramos, Sebastião Rezende, Jota Barreto, Emanuel Pinheiro e Ondanir Bortolini, o Nininho - João Malheiros está licenciado).

O PMDB conduzido pelo também cacique Carlos Bezerra se torna a terceira maior força. Está à frente de 18 prefeituras. Por causa da chegada do PSD, o partido do governador Silval Barbosa ficou sem dois prefeitos, mas acabou recebendo algumas adesões por causa da perspectiva de poder, afinal o partido comando um Estado que detém orçamento anual de R$ 12 bilhões. Trata-se de uma máquina com 24 secretarias, órgãos, empresas e autarquias vinculados e quase 100 mil servidores.

O DEM fez barulho com a filiação do casal Iraci e Roberto França, mas, nessa contagem regressiva para adesões, perdeu 8 prefeituras. Está agora com 15. Na AL, ficou apenas com uma cadeira, ocupada por Dilmar Dal Bosco. José Domingos, que está licenciado, pulou para o PSD. Os demais partidos possuem menos prefeituras e cadeiras nos legislativos municipais e estadual. O PT administra 12 municípios, enquanto só restaram 6 no PP de Pedro Henry, 5 no PSDB, 3 no PTB. Três partidos têm duas prefeituras cada: PPS, PDT e PDT.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/73301/visualizar/