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Terça - 06 de Setembro de 2011 às 17:23

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O vereador Leonildo Ferreira da Cruz (PMDB), o Cabelo, apresentou requerimento solicitando do Chefe do Poder Executivo Municipal, que faça encaminhar a Casa Legislativa, com cópia aos vereadores, no prazo e sob as penas da lei, de cópia do contrato ou que tipo de concessão que foi feito autorizando para que o evento fosse realizado, entre a Prefeitura Municipal de Arenápolis, com a empresa que organizou o show de João Neto e Frederico, no dia 19/08/2011, no Centro de Eventos Alinor Luís da Silva.

O show acabou não acontecendo, o que revoltou os populares que adquiriram ingresso para assistir a dupla sertaneja, causando um tumulto e inicio de confusão, que resultou em prejuízos ao patrimônio público e aos que pretendiam assistir a apresentação.

Ele argumentou que é de direito da Câmara Municipal e dos Vereadores tomarem conhecimento deste contrato ou do tipo de concessão autorizando este evento, principalmente em razão do prejuízo causado a população e ao município.

fez duras criticas ao colega vereador Emanuel Messias, que participou vendendo ingressos do show na cidade. Ele disse que o vereador precisa ter mais responsabilidade, e pediu que fosse apurado através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o grau de participação do parlamentar e se existe envolvimento da administração do município no evento.

“Ocorreu um assalto, um roubo ao povo de Arenápolis que não recebeu o seu dinheiro de volta, já que o show não aconteceu, isso é um absurdo e não podemos ficar inerte diante desta situação” cobrou Leonildo da Cruz.

O vereador Cícero Neto (PP), engrossou o coro de indignação e disse que a CPI irá apurar as responsabilidades e que o povo poderá ter a chance de receber o dinheiro de volta.

Antonio Cid Gomes Aragão (PP), o Toninho Serralheiro, também opinou pela instalação de uma comissão para investigar o assunto, objetivando dar uma resposta a sociedade, pedindo inclusive que haja mais rigor do Poder Público na concessão de espaço para realização de eventos, evitando assim prejuízos a imagem da cidade.

O vereador Galdino Gomes de Paula (PDT) questionou o presidente da casa sobre o fato de na publicidade do show veiculada em um jornal da região constar o apoio da Câmara Municipal. O Chefe do Poder Legislativo esclareceu que não autorizou a vinculação do nome da casa no informe e que não houve qualquer participação da câmara no evento. Galdino criticou ainda a cessão do prédio do Poder Legislativo para que uma empresa realizasse a entrega de premiação a empresas, empresários e políticos que supostamente teriam se destacado neste ano.

O vereador Alzinio José de Campos (DEM) lamentou o ocorrido e que como cidadão de Arenápolis esperava que isso não acontecesse. Ele disse acreditar que não há qualquer envolvimento da administração municipal no show não ocorrido, salientando que o município apenas cumpriu o seu papel, de atendidas as exigências legais, conceder o espaço público para a promoção de eventos.

“ A responsabilidade deve ser atribuída aos promotores do evento, o município fez a sua parte, autorizando via alvará recolhido aos cofres públicos municipais a realização do show” ponderou Alzinio.
O vereador Emanuel Messias (PP), esclareceu que a responsabilidade pela não realização do evento é do proprietário da empresa Fly Eventos, Ronaldo Maciel, e que sua participação se resumiu a prestação de serviços na venda dos ingressos, nada mais. Ele criticou a posição adota pelos seus colegas, que preferiu nominar em três deles, afirmando que a eles não deve satisfação e sim ao povo de Arenápolis.

Messias informou que após o ocorrido procurou a imprensa, através da Rádio Regional FM de Arenápolis e o site Arenápolis News, mas que não obteve o espaço desejado para se explicar à população.

“Fui apenas um prestador de serviços, não tive outro vínculo com a organização do show, e essa artilharia pesada contra mim tem cunho político a fim de me prejudicar perante a sociedade” destacou.

O vereador declarou estar arrependido de ter prestado serviços a empresa e anunciou que nos próximos três meses não participará de nenhum evento na cidade, bem como que o dinheiro oriundo dos ingressos que vendeu foram repassados ao empresário, conclamando a população a ingressar na justiça contra a Fly Eventos, para reaver seu dinheiro de volta.

O requerimento pedindo informações foi aprovado pela unanimidade dos vereadores presentes em plenário, inclusive do vereador Emanuel Messias.





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