Casos de corrupção: demissões e afastamentos não são punições diz chefe da CGU
Sobre o Ministério da Agricultura, Hage disse a CGU já está investigando a denúncia de que um lobista teria livre trânsito no ministério e ajudava a redigir editais de licitação. O ministro Rossi, que admitiu ter viajado de carona no jato de uma empresa do agronegócio que tem contratos com o governo, não está em questão. "Estamos lá [no Ministério da Agricultura] com uma equipe de auditoria que já recolheu computadores, os processos principais citados nas denúncias. E requisitei, antes da saída do ministro Wagner [Rossi], as fitas do circuito interno onde estariam, segundo a denúncia, a gravação do ingresso frequente de um determinado suspeito lobista", explicou Hage.
O ministro-chefe da CGU informou que vai conversar com Mendes Ribeiro, que assumirá o comando da Agricultura, para informá-lo dos procedimentos que estão sendo adotados. "Vou conversar com o ministro Mendes Ribeiro tão logo ele seja empossado. O trabalho continua, portanto, tanto na auditoria, que tem prazo de 60 dias para ser concluída, como na área de corregedoria, que é um processo punitivo". Hage explicou que, como a corregedoria pode sugerir a demissão de servidores, é preciso respeitar o amplo direito de defesa dos investigados. Por isso, o prazo de conclusão dos trabalhos acaba sendo maior que o da auditoria.
Hage lembrou que as auditorias no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e na estatal de infraestrutura ferroviária Valec terminam no dia 31, enquanto as auditorias no Ministério do Turismo devem se estender até outubro.
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