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Internacional
Domingo - 31 de Julho de 2011 às 18:56

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Tanques do Exército sírio disparando explosivos e metralhadoras atacaram a cidade de Hama neste domingo, matando pelo menos 45 civis em uma ação para impedir manifestações contra o governo do presidente Bashar al-Assad, disseram moradores e ativistas.

As forças do governo sírio começaram a operação à cidade, local do massacre de 1982, pelo amanhecer, após cercá-la por quase um mês.

Citando autoridades hospitalares, o Observatório Sírio para os direitos humanos afirmou que o número de mortos deve aumentar, pois há dezenas de feridos com gravidade.

Um medico, que não quis ser identificado com medo de ser preso, contou à Reuters que a maioria dos corpos foram levados aos hospitais de Badr, Al-Horani e Hikmeh.

Muitas pessoas ficaram feridas, e há pouco sangue nos bancos de transfusão, afirmou o médico por telefone na cidade, que tem uma população de aproximadamente 700 mil pessoas.

"Os tanques estão atacando de quatro direções. Eles estão disparando metralhadoras pesadas a esmo e derrubando bloqueios improvisados nas estradas, erguidos pelos habitantes", disse o médico, com som de metralhadoras ao fundo.

Hama tem uma grande importância para o movimento contra o governo, pois o pai de Assad, o falecido presidente Hafez al-Assad, enviou suas tropas ao local para acabar com uma revolta em 1982, arrasando bairros inteiros e matando até 30 mil pessoas, no episódio mais sangrento da história moderna da Síria.

Cerca de quatro explosivos são lançados pelos tanques a cada minuto no norte de Hama, disseram moradores. A eletricidade e a água foram cortadas nos principais bairros, uma tática usada pelos militares quando atacam cidades com o objetivo de interromper protestos.

No poder há 11 anos, Assad está tentando acabar com uma revolta contra o seu governo. O movimento surgiu em março, inspirado nas revoluções árabes na Tunísia e no Egito, e se espalhou pelo país.

Autoridades sírias expulsaram do país jornalistas de veículos independentes, tornando difícil verificar os relatos de violência.






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