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Agronegócios
Quarta - 25 de Setembro de 2013 às 19:57

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Produtores de grãos do oeste da Bahia estão preparados para começar a nova safra. A expectativa de preços é boa, e a área plantada deve aumentar em quase 10%. O diretor-presidente da V-Agro, Arlindo Moura, está otimista com a próxima safra. Por causa da demanda favorável e das conseqüências do clima, ainda incerto na safra norte-americana neste ano, ele diz que os produtores brasileiros vão ter preços compensadores, e que o Brasil vai subir na posição mundial sobre a produção de soja. 


 
– O Brasil, sem dúvida no próximo ano deverá ser o maior produtor de soja do mundo. Deverá ultrapassar a atual safra norte-americana, que no meu entendimento, não deverá passar de 82 milhões de toneladas – destaca. 


 
A empresa de Moura produz soja, milho e algodão em pelo menos cinco Estados brasileiros. Hoje, planta em uma área de 290 mil hectares. A perspectiva é tão boa que a meta é chegar a 500 mil até 2018. Da próxima safra, boa parte da soja que eles plantaram já foi comercializada no mercado futuro. 


 
– Acho que o agricultor não tem que buscar o melhor preço, ele tem que buscar o melhor preço médio. Na faixa de R$ 13,50, R$ 13,80, até R$ 14,00, ele já deveria estar fechando. A nossa empresa já vendeu 41% da próxima safra – diz Moura.


 
Boa parte da produção da empresa sai das lavouras do oeste da Bahia. A região produz mais de 8 milhões de toneladas de grãos em 2 milhões de hectares. O presidente da Associação de Agricultores da Irrigantes da Bahia (AIBA), Júlio Cezar Busato, confirma o bom momento. Na próxima safra a área de grãos deve aumentar 8%.


 
– O oeste da Bahia está só aguardando o início da chuva, que vai ser no final de outubro, para iniciarmos a safra 2013/2014. Estamos prontos e ansiosos – disse Busato.


 
A produção de algodão já foi colhida nas terras do produtor João Carlos Jacobsen. Faz mais de 30 anos que ele tem fazendas na região de Barreiras, na Bahia. A terra está sendo preparada para o plantio da soja, que começa no mês que vem. Jacobsen vai plantar em 12 mil hectares, e já vendeu 70% da próxima produção no mercado futuro. 


 
A tecnologia é um diferencial na região, por causa das condições, os produtores tiveram que se adaptar e buscar soluções no mercado nestes últimos anos. Agora, apesar de toda a estrutura e conhecimento, os produtores também precisam de preocupar a helicoverpa, que atingiu a última safra. Jacobsen conta que, agora, está preparado para enfrentar a praga.


 
– Vamos usar todos os recursos que temos. Aprendemos a lidar com vírus, com tricograma, que são as maneiras biológicas de controlar a helicoverpa – disse o produtor.


 
O presidente da AIBA, diz que o programa fitossanitário de controle da helicoverpa, que foi criado em 2013 no Estado, tem como estratégia a prevenção.


 
– Ele prevê o uso de inseticidas que agridem menos os inimigos naturais. É preciso ter um calendário de plantio que seja mais apertado. A irrigação também precisa ter uma regra para trabalhar, ficar um período sem plantar para não multiplicar este inseto e a destruição das pupas, para destruir ela no solo – diz Busato.





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