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Policia MT
Quinta - 31 de Março de 2011 às 11:40
Por: Sinézio Alcântara

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O Ministério Público Estadual irá apurar suposto abuso de autoridade praticado por um policial civil, no interior do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), contra o representante comercial do jornal "A Gazeta", em Cáceres. Josieldo dos Santos Silva, afirma que foi preso e humilhado, injustamente, pelo policial Sérgio Amâncio da Cruz, quando procurou o Centro para se inteirar sobre a situação do irmão Magdeildo Silva, preso por dirigir embriagado. Na denúncia formulada ao Ministério Público e a própria polícia, Josieldo diz que o policial se revoltou ao perceber que ele teria presenciado suas ordens para que os presos tirassem a roupa e batido na cabeça de alguns que estavam recolhidos em um cubículo da delegacia.

“Ao ouvir gritos do meu irmão, aproximei do local e vi os meninos sem roupa e o policial batendo na cabeça de um deles. Ao me ver, o agente, bastante nervoso, disse que era para eu sair, imediatamente. E que não tinha que dar satisfação a ninguém” disse Josieldo assinalando que o policial ficou ainda mais “descontrolado”  quando ele afirmou que era evangélico e que trabalhava no Jornal A Gazeta e estava no local apenas para saber o que estava acontecendo com o irmão. “Ele ficou ainda mais descontrolado quando eu disse que trabalhava no jornal. Momento em que, me puxou pela calça, e aos berros, me empurrou para junto aos demais, dizendo que eu estava preso por desacato a autoridade”.

O suposto abuso, conforme o representante comercial foi testemunhado por várias pessoas, que também procuraram o MP para denunciar o policial Sérgio Amâncio por abuso de autoridade e espancamento. Para se precaver, o policial também registrou a ocorrência.  Sérgio Amâncio afirma no B.O que pediu várias vezes para que Josieldo se retirasse do local. E, que, em “tom de arrogância” o representante comercial teria dito que era da imprensa e que, por isso, teria acesso a qualquer lugar. Momento, em que, segundo o policial, teve início o desentendimento. O policial, afirma que tentou evitar a prisão, mas que, segundo ele, ocorreu depois que foi desacatado por Josieldo.

O delegado plantonista, Rogers Elizandro Jarbas, saiu em defesa do policial. Ele disse que, Josieldo teria invadido a área de segurança. E, também confirma que o policial teria pedido várias vezes para que ele se retirasse do local. Mesmo assim, conforme Rogers, o representante comercial, não chegou a ficar na grade com os demais. “Até para evitar constrangimentos determinei que ele fosse colocado no corredor e não na grade com os demais presos”.

O delegado nega também que os presos tenham sido espancados pelo policial. “Não houve espancamento. Determinei que fosse feito exame de corpo de delito e nada constatou”. Disse que foi instaurado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) contra Josieldo, por julgar que ele agiu errado. O MP ainda não se pronunciou sobre o caso.






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