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Esportes
Quarta - 09 de Março de 2011 às 15:00

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Debaixo de chuva, os principais jogadores corintianos fazem treino físico e rachão na terça-feira de Carnaval, véspera de jogo com a Ponte Preta. A cena é uma demonstração do Corinthians atual.
 

Pouco mais de um mês após a eliminação da Libertadores, o time alvinegro agora prima pela vontade e marcação. A qualidade técnica, exaltada na época de Roberto Carlos e Ronaldo, passou para segundo plano.

Realidade que é traduzida pelo técnico Tite, que repete a palavra "competitividade" à exaustão para falar sobre o sucesso de sua equipe.

O treinador seguiu exatamente o que as torcidas organizadas pediram após a queda no torneio continental, em meio a quebra-quebras.

"Temos a característica de sermos fortes na marcação com cada um que está perto da bola", disse Tite. "Se a equipe não tiver o poder de marcação, não irá repetir o que fez nos últimos jogos."

Pelo números do Datafolha, o Corinthians tem a maior média de desarmes no Paulista, 118,4. Não por acaso, é o quarto que menos sofre finalizações a gol, 11,5. Resultado: apenas cinco vezes teve sua rede atingida.

A competitividade do time de Tite começa já no ataque, onde Dentinho e Liedson são orientados a pressionar a defesa adversária. Bem diferente da falta de mobilidade de Ronaldo, quando na ativa.

"O que eles [atacantes] têm marcado lá na frente é impressionante. Quando os caras [adversários] chegam, já chegam cansados", declarou o lateral Alessandro.

Em compensação, o Corinthians está longe de se destacar em quesitos técnicos. Seu percentual de acerto de passes é o quarto do campeonato, atrás dos outros três grandes do Estado.

A equipe também não exibe um bom repertório de dribles. É o segundo time do Paulista que menos apela para esse recurso individual.

Essa fórmula foi suficiente para produzir seis vitórias e um empate na campanha da equipe pós-eliminação na Libertadores. É um aproveitamento de 90% dos pontos.

Em comparação, a equipe corintiana mais técnica, que atuava antes, obtivera três empates e uma vitória, menos de 50% dos pontos naquele início de Estadual.

Para Tite, além da disposição exibida nos últimos jogos, foi essencial ensinar os jogadores a se acostumarem com a pressão no clube. E ele viu essa tensão se reduzir. Ontem, enquanto os atletas treinavam, a principal organizada do time acompanhava a apuração das notas do Carnaval paulistano.






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