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Polícia Brasil
Segunda - 21 de Dezembro de 2009 às 06:00
Por: Adilson Rosa

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Briga de gangues que ocorreu na unidade de saúde na madrugada de ontem envolveu pelo menos 15. Ação assustou funcionários e deixou vítima

Uma briga de gangues resultou em tiroteio dentro da Policlínica do Coxipó na madrugada de ontem. Os funcionários, assustados com o episódio, tiveram que se esconder para não ser atingidos pelos disparos. Cerca de 15 jovens se envolveram na confusão. Mais de 20 tiros foram disparados, quase provocando uma tragédia.

No confronto, o estudante de Direito Raony Silva Corrêa, de 21 anos, foi baleado no tórax. Ele teria ido ao local para socorrer um amigo. Acabou sendo internado em estado grave no Pronto-Socorro de Cuiabá (PSMC).

De acordo com funcionários, ao menos 10 integrantes de uma gangue cercaram o prédio e invadiram o recinto na tentativa de executar seus rivais. A partir daí, começaram os tiros. Minutos depois, o estudante de Direito foi encontrado caído na porta da frente da policlínica pelos funcionários. Uma das ambulâncias levou Raony até o PSC, onde passou por uma cirurgia e está em observação.

“Tivemos que esconder na rouparia. Estávamos em seis pessoas num cubículo, tremendo de medo que invadissem aqui. Teve gente que se escondeu embaixo da primeira mesa que encontrou”, relatou a recepcionista Olci Matos.

Conforme a recepcionista, a invasão começou pela sala de sutura (costura), onde dois pacientes eram atendidos e também tiveram que correr. Um dos médicos plantonistas ficou paralisado e não conseguiu se esconder.

Testemunhas apontam um jovem identificado como “Lenon” como autor dos disparos. Ele teria fugido num Gol prata em companhia de três rapazes. Policiais militares tentaram detê-lo, mas não obtiveram êxito. Lenon é morador no Jardim Imperial, em Cuiabá.

Segundo o relato de funcionários, a confusão iniciou-se na boate Getúlio Loft, no centro de Cuiabá. Por volta das 5 horas, chegaram dois rapazes com escoriações e lesões no rosto. Eles queriam ser medicados.

“Pedimos que trouxessem os documentos para fazer a ficha. Nisso, o que foi até o carro percebeu que tinha outras pessoas que ele brigou na boate. Então, começou a confusão e tivemos que nos esconder”, completou a recepcionista.

A enfermeira-chefe Lúcia Helena Zanardo também ficou apavorada. Ela disse não saber o que fazer diante da gritaria e dos tiros. “Essa não é a primeira vez que a policlínica é alvo de violência. Tudo, porque falta um posto policial”, frisou. Lúcia Helena acrescentou que os brigões se dirigiram à policlínica porque justamente não tem um posto policial. “Se tivesse, teriam que se explicar, preencher boletim de ocorrência, fornecer endereço”, destacou.

Ontem de manhã, a mãe do estudante, Elizeth da Silva Corrêa, esteve na policlínica. Ela queria informações para preencher um boletim de ocorrência e transferir o filho para um hospital particular da Capital.





Fonte: Diário de Cuiabá

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